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“Os sintomas apresentados pelas meninas não são uma reação da vacina HPV”. A afirmação é da diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato, sobre o estado de saúde das três adolescentes - Luana Alves Barros, Mariana Freitas de Lima e Nathália dos Santos - que continuam internadas no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. “Elas apresentaram dificuldades para caminhar, mas, após exames neurológicos, constatamos que não há paralisia”, disse.
A diretora garantiu que os exames não apontaram anormalidade. “Ainda estamos acompanhando, mas sabemos que não é uma reação da vacina. Os sintomas indicam que o que aconteceu foi uma reação de ansiedade a imunização. Um temor à dor da aplicação. Não é comum, mas acontece”, afirmou.
As jovens estão entre as 11 adolescentes que receberam a segunda dose da vacina no último dia 3, quarta-feira, na Escola Estadual William Aureli, em Bertioga, e logo após foram encaminhadas ao Pronto-Socorro (PS) da cidade com sintomas como fraqueza, dor de cabeça e tontura. As outras oito alunas foram socorridas no dia e não tiveram recaídas. “Elas estão sendo monitoradas e passam bem”, garante Helena Sato. As três adolescentes internadas apresentaram um quadro inconstante, dormências nas pernas e tiveram várias recaídas até serem internadas na última sexta-feira, dia 5.
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Fabíola Freitas, mãe de Mariana, afirmou que a filha passou o dia ontem melhor e com menos dores nas pernas e na cabeça. “Ela ainda sente um pouco de dormência nas pernas, mas está melhor”, conta. O mesmo afirmou a mãe de Luana, Rosália Alves Barros. “Ela está andando, mas ainda não nos deram previsão de alta. Estamos aguardando o resultado dos exames”, explicou a doméstica, que afirma ter certeza que os sintomas foram causados pela vacina. “Eu tenho certeza. Ela tomou a vacina e caiu lá no colégio mesmo. Só pode ter sido a vacina”, afirma.
Vacinação continua
A diretora de Imunização garante que a vacina é segura e que a campanha irá continuar em todo Estado, inclusive com a distribuição do mesmo lote. “Apenas 11 de 480 meninas vacinadas naquela cidade apresentaram sintomas. Por isso, a vacinação continua, ela é muito importante para a prevenção do câncer do colo de útero”, declara Helena Sato.
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