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No universo de 370 mil usuários de crack das capitais e regiões metropolitanas do Brasil, 21,3% são mulheres. A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), ao analisar o dado – que faz parte da pesquisa "Perfil dos Usuários de Crack e/ou Similares no Brasil", divulgada pelos ministérios da Justiça e da Saúde – ressaltou sua importância pois, “pela primeira vez é explicitada a percentagem de usuárias em um estudo. Isso possibilitará ao governo definir as ações específicas para combater esse problema”.
O estudo foi divulgado, nessa quinta-feira (19), em Brasília. Pela SPM, estiveram presentes a secretária-adjunta de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Rosangela Rigo, e a coordenadora-geral de Acesso à Justiça e Combate à Violência, Aline Yamamoto.
O levantamento aponta que 29,9% das usuárias admitiram ter se prostituído em troca da droga ou de dinheiro e que 44,5% sofreram violência sexual em algum momento da sua vida. Dos 370 mil usuários, 29,2% disseram que a violência sexual, a perda afetiva ou problemas familiares os levaram ao uso de crack ou similares.
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Gravidez
Cerca de 10% das usuárias de crack ou similares relataram estar grávidas no momento da entrevista e mais da metade já havia engravidado ao menos uma vez desde que iniciou o uso. Isso foi considerado preocupante pelos pesquisadores, devido às consequências importantes do consumo da droga durante a gestação sobre o desenvolvimento neurológico e intelectual das crianças expostas.
HIV
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Mais de um terço do total de usuários (39,5%) informaram não ter usado o preservativo em nenhuma das relações sexuais vaginais, no mês anterior à entrevista. Apesar da evidente exposição ao risco, mais da metade (53,9%) afirmou nunca ter realizado teste para HIV. Nos municípios que não as capitais, essa proporção é ainda maior, chegando a 65,9% de não testagem.