O tabagismo é hoje uma questão de saúde pública e ainda é a principal causa de morte evitável em todo o planeta / Divulgação/Detran-SP
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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) alerta que o tabagismo é uma doença crônica e causa outras enfermidades, além de ser responsável por levar à morte 443 brasileiros todos os dias. Embora os óbitos decorrentes do consumo do tabaco sejam evitáveis, ainda há muitos fumantes no país. Não adotar o hábito ou interrompê-lo são a principal forma de prevenir o câncer de pulmão, de cavidade oral, na laringe, na faringe e no esôfago.
A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Fernanda Ingrid da Silva Toledo Santos, alerta que fumar é prejudicial à saúde do próprio fumante e daqueles que estão expostos à fumaça ao seu redor. "Quem inala as substâncias tóxicas e cancerígenas corre o risco de desenvolver doenças e, também, pode se tornar dependente, por conta da nicotina e das sensações psicoativas provocadas", pontua.
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As consultas de Enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) são utilizadas como estratégia para a Promoção à Saúde e Tratamento Terapêutico ao indivíduo que faz uso do tabaco, por meio de protocolos de atendimento desenvolvidos por enfermeiros, que possuem algumas atribuições privativas à sua qualificação.
O profissional enfermeiro irá realizar a prescrição e a prestação de cuidados diretos a pacientes, com base em conhecimentos científicos e com a capacidade de tomar decisões imediatas relacionadas ao caso. "Na consulta conseguimos fazer uma abordagem individual e específica da pessoa, quando verificamos suas necessidades dentro do contexto de vida. Aproveitamos, também, para explicar quais são as consequências que podem surgir, como patologias associadas à hipertensão e à diabetes", continua a docente.
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O cancro de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. Já o câncer de boca afeta lábios e demais estruturas, como gengivas, bochechas, palato duro, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo dela.
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Em dados reunidos pelo Inca, a última estimativa mundial apontou incidência de 1,8 milhão de casos novos, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres. Apenas no Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. Em cerca de 85% diagnósticos, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco, sendo o cigarro o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da doença.
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Anualmente as mortes evitáveis atribuídas ao tabagismo alcançam 37.686 pessoas por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 por doenças cardíacas, 25.683 outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral.
A fim de informar e colaborar com a saúde da população, professora Ingrid lista principais mudanças que são benéficas ao organismo uma vez que o vício for abandonado:
-- Em 20 minutos, a frequência cardíaca e pressão arterial caem.
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-- De 2 a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta.
-- De 1 a 9 meses, a tosse e a falta de ar diminuem.
-- Em 1 ano, o risco de doença cardíaca coronariana é cerca de metade do de um fumante.
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-- Em 5 anos, o risco de derrame é reduzido ao de um não fumante.
-- Em 15 anos, o risco de doença cardíaca coronária é o de um não fumante.
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