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Engana-se quem pensa que a rotina de vacinação termina na infância. Em todas as fases da vida estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias e, ao contrário do que muitos adultos pensam, as vacinas são imprescindíveis para evitar doenças graves nas idades mais avançadas.
“As inúmeras doenças que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar”, explica o médico sanitarista Dr. Ricardo Cunha, responsável pelo setor de vacinas do Alta Excelência Diagnóstica, centro de diagnósticos.
Segundo o médico, as pessoas pertencentes aos grupos de risco, como gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas, devem sempre estar atentas sobre a vacinação. Isto porque, para algumas doenças, a proteção tem prazo de validade – o que explica a necessidade do reforço. “Depois de dez anos, o sistema imunológico deixa de produzir anticorpos suficientes para evitar doenças, como febre amarela e tétano”, revela o médico.
Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz o médico.
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O recente aumento dos casos de coqueluche no Brasil e a descoberta de casos da doença em pessoas já imunizadas levaram ao desenvolvimento da vacina para adultos. Há ainda as vacinas indicadas a partir da adolescência, como a vacina de HPV, indicada dos 9 aos 26 anos de idade. “O ideal é tomá-la antes do início da vida sexual”, pontua Dr. Cunha.
Confira as sete vacinas mais recomendadas para os adultos:
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Vacina Dupla tipo adulto - para difteria e tétano
A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.
Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola
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No caso do sarampo, a transmissão ocorre por via respiratória. Em adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.
O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.
Além disso, as mulheres que pretendem ter filhos e que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.
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Vacina contra a hepatite B
Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.
Pneumo 13 - Pneumonia
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Mesmo sendo uma das vacinas mais importantes, é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde – somente em clínicas particulares. Protege contra 13 tipos de bactérias causadoras da pneumonia.
Vacina contra a febre amarela
Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
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Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco.
Vacina contra o Influenza (gripe)
A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz Dr. Cunha.
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Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano.
HPV
A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda.
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A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção.
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