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Com incidência estável na maior parte do Brasil, o sarampo e a meningite podem ter o número de casos aumentados no País com a chegada dos cerca de 600 mil turistas que são esperados para a Copa do Mundo. Essas são as duas doenças que têm os maiores riscos de alta durante o evento, segundo o presidente da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri. "Não temos tanto sarampo no Brasil, mas a Europa ainda vive surtos. O risco é maior para crianças menores de um ano, que, nessa faixa etária, ainda não foram vacinadas, e em regiões com baixa cobertura da vacina", disse Kfouri nesta terça-feira, 27, em almoço com jornalistas.
Quanto à meningite, o problema está no fato de que a vacina aplicada na rede pública brasileira protege apenas contra o tipo mais comum no País. "Há outros tipos que circulam em outros países e que podem ser trazidos com os turistas", disse. Outra preocupação dos médicos é uma doença similar à dengue, chamada de chikungunya, comum no Sudeste Asiático e introduzida há pouco tempo na América Central. Ela nunca foi notificada no Brasil, mas pode ocorrer porque é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue. "Os sintomas são bem parecidos aos da dengue, mas o índice de complicações dessa doença, porém, é maior", diz o especialista.
Kfouri recomenda aos brasileiros que atualizem o quanto antes as vacinas obrigatórias e fiquem alertas para outras medidas que diminuem o risco de transmissão de doenças, como usar repelente, evitar grandes aglomerações, lavar bem as mãos e ficar atento à procedência da água e dos alimentos consumidos.
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