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Os casos de pessoas que contraíram o vírus da AIDS, o HIV, caíram na cidade de São Vicente nos últimos oito anos, mas os dados ainda preocupam, segundo a coordenadora do Departamento de DST/AIDS e Hepatites de São Vicente, Ilham El Maerrawi. Entre 100 e 140 novas ocorrências são registradas anualmente no Município.
Para alertar a população sobre a doença, o Diário do Litoral criou uma série de reportagens mostrando o mapa da AIDS na Baixada Santista. A série revelará o número de casos e o perfil dos pacientes em cada cidade da Região.
Segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde de São Vicente, de 2006 até o último dia 3 de outubro, o maior número de casos ocorreu em pessoas na faixa etária entre 30 e 39 anos, totalizando 364 casos; em segundo foi entre 20 a 29 anos com 325 casos, seguidos da faixa entre 40 a 49 anos com 295 casos e entre 50 a 59 anos com 114 casos. Já entre a população com 60 a 79 anos anos foram registrados 47 novos casos no período de 2006 até agora.
A coordenadora de DST/AIDS e Hepatites de São Vicente, Ilham El Maerrawi, afirma que a cidade registra uma média de 100 a 140 novos casos por ano, o que considera um número alto, embora relativamente baixo considerando o início da epidemia na década de 1980.
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Conforme os registros, Ilham disse que as pessoas portadoras do vírus HIV em São Vicente estão distribuídas em classes sociais diversas e que a maioria tem nível de escolaridade fundamental ou médio.
Segundo os dados epidemiológicos do município, em 2013 ocorreu uma pequena queda totalizando 101 casos, comparado com 2012 que teve 186, 2011 com 174 casos e 2010 com 141 casos. Os números de 2014 ainda não estão disponíveis, segundo informou a Secretaria de Saúde de São Vicente.
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Entre os jovens na faixa de 20 a 29 anos houve queda considerável entre o ano 2012 (55 casos) e 2013 (17 casos), porém, até a data de hoje, nesta faixa etária já foram registrados 32 novos casos. Em relação a faixa etária de 60 anos ou mais, houve queda no mesmo período, sendo 7 casos em 2012; 5 casos em 2013 e, em 2014,até a data de hoje, 5 casos .
Quanto aos fatores que levam ao aumento da incidência de casos, a coordenadora afirmou que existem diversos, incluindo a ampliação da testagem para o diagnóstico precoce. Outro fator é a despreocupação da população com o risco de contrair o vírus, porque hoje a infecção é controlada por medicamentos e a taxa de mortalidade caiu significativamente. Ilham alerta a população de que a AIDS ainda é uma doença grave e a prevenção é fundamental.
De acordo com os registros dos últimos oito anos na Cidade, a proporção de portadores do vírus HIV é de 2,6 homens para 1 mulher. No período de 2006 a 2014, foram confirmados 715 homens soropositivos para 458 mulheres.
Ilham comentou ainda que do total de casos confirmados no período, 652 eram pacientes heterossexuais, sendo 343 mulheres e 309 homens.
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Risco por gênero
Ilham explicou que na relação sexual desprotegida entre heterossexuais em que um seja soropositivo, a mulher está mais suscetível a contrair a doença do que o homem. “A mulher é mais receptiva (anatomicamente) e tem um risco maior”, disse ela.
Já na relação sexual entre homossexuais masculinos, o risco de contrair o vírus é igual para os dois parceiros, afirmou a coordenadora.
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Expectativa de vida
A especialista afirmou que a expectativa de vida de uma pessoa portadora de HIV que segue o tratamento corretamente aumentou muito e varia caso a caso. “Com os novos medicamentos, e seguindo o tratamento rigorosamente, a expectativa de vida regular de um paciente soropositivo é acima de 15 anos, mas isso varia muito. Pois, se a pessoa não tiver nenhuma outra doença associada, a expectativa pode aumentar ainda mais”.
“A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida do paciente”, finalizou.
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Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de São Vicente
Rua 13 de Maio, 64, Centro
Horário: 8 às 17 horas
Tel.: 3469-8522
Serviço de Assistência Especializada (SAI)
Rua José Bonifácio, 105, Centro
Horário: 7 às 17 horas
Tel.: 3467-7800