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O excesso de peso e a obesidade aumentaram Brasil nos últimos sete anos, é o que aponta a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), divulgado nesta terça-feira (27), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
São Paulo acompanha a tendência nacional. A frequência de obesidade e de excesso de peso na população da capital paulista passou de 11,5% e 44,4%, em 2006, para 17,8% e 52,1%, respectivamente. O aumento ocorre tanto em homens quanto mulheres. Em São Paulo, o percentual de homens obesos subiu de 10,3% para 17,6% e com excesso de peso de 46,6% para 56,1%. Entre as mulheres, os índices de obesidade aumentaram de 12,6% para 18% e de excesso de peso de 42,4% para 48,6%.
Na primeira edição do estudo, em 2006, 43,2% estavam acima do peso ideal e 11,4% eram obesos no Brasil. Atualmente, o percentual subiu para 51% e 17,4%, respectivamente. É a primeira vez que mais da metade da população brasileira está acima do peso.
O Vigitel retrata os hábitos da população e é um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde preventiva. Nesta edição, foram entrevistados 45.448 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país. “Os dados reforçam que a hora é agora. Se não tomarmos - o conjunto da sociedade, familiares, trabalho, agentes de governo - as medidas necessárias, se não agirmos agora, corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente", disse.
Alimentação e atividade física
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Apesar de a obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há uma influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte aliado na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte da população em São Paulo. Apenas 25,5% da população ingerem a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia.
Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 32,2% da população da cidade não dispensam a carne gordurosa e 54,9% consomem leite integral regularme nte. Os refrigerantes também têm consumidores fieis – 31,1% dos paulistanos tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana. A pesquisa revela também que 27,9% da população da capital paulista pratica atividade física no tempo livre ou no lazer. Os homens (34,6%) são mais ativos que as mulheres (22,1%).
Combate à obesidade
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Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é deter o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou com obesidade.
Em março, o Ministério da Saúde criou a Linha de Cuidados da Atenção Básica para excesso de peso e outros fatores de risco associados ao sobrepeso e à obesidade até o atendimento em serviços especializados. A Atenção Básica vai proporcionar diferentes tipos de tratamentos e acompanhamentos ao usuário, o que inclui também atendimento psicológico.
A pessoa com sobrepeso (IMC igual ou superior a 25) poderá ser encaminhada a um polo da Academia da Saúde para realização de atividades físicas e a um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para receber orientações para uma alimentação saudável e balanceada. Atualmente, 82,1% dos 1.888 NASFs contam com nutricionistas; 85,7% com psicólogos e 61,6% com professores de educação física.
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Toda a evolução do tratamento será acompanhada por uma das 37 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), presentes em todos os municípios brasileiros. O Programa Academia da Saúde é a principal estratégia para induzir o aumento da prática da atividade física na população. Até agora, já foram repassados R$ 175 milhões, de um total de investimento previsto de R$ 390 milhões.
A iniciativa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. Atualmente, há mais de 2,8 mil polos habilitados para a construção em todo o país e outros 155 projetos pré-existentes que foram adaptados e custeados pelo Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Ministério da Saúde está investindo R$ 37,7 milhões na construção de 294 polos em todo o estado.
O Ministério da Saúde investe também em ações preventivas para evitar a obesidade em crianças e adolescentes, como o Programa Saúde na Escola (PSE), que este ano está aberto a todos os municípios e passa a atender creches e pré-escolas. Para 2013, está previsto o investimento de R$ 175 milhões. Outra medida é a parceria do Ministério com Federação Nacional de Escolas Particulares para distribuição de 18 mil Manuais das Cantinas Escolares Saudáveis como incentivo a lanches menos calóricos e mais nutritivos.
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