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Um robô, inédito em hospitais públicos paulistas, vai guiar cirurgias de pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, na capital paulista. A novidade faz parte do protocolo de pesquisa do ICESP. O equipamento irá beneficiar 1.070 pacientes da instituição nos próximos três anos com procedimentos minimamente invasivos. A idéia é que, futuramente, os benefícios (custo-efetividade e a segurança) da cirurgia robótica no tratamento do câncer seja uma realidade permanente para o SUS paulista.
Sentado à frente de um console, os cirurgiões do Icesp irão acionar os comandos do robô e terão visão tridimensional, com profundidade, o que deverá permitir maior precisão das intervenções em relação às cirurgias convencionais e àquelas guiadas por videolaparoscopia.
As cirurgias com o robô, importado dos EUA, irão acontecer em cinco diferentes especialidades oncológicas: urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, aparelho digestivo e cirurgias do tórax.
Espera-se que o novo equipamento, além de permitir cirurgias mais precisas e menos invasivas, propicie um tempo de recuperação mais rápido e com menos dor aos pacientes, assim como menor tempo de internação no hospital e, consequentemente, maior rotatividade dos leitos.
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Três cirurgias já foram realizadas pelo Icesp com o novo robô, para retirada de tumores malignos da próstata, uma no dia 7, uma no dia 13 e outra no dia 18 de fevereiro.
“A oportunidade de termos uma cirurgia robótica no SUS, mesmo que como pesquisa, inicialmente, demonstra um grande avanço na saúde, além de termos a chance de tratar os pacientes com câncer com uma efetividade ainda maior”, avalia Paulo Hoff, diretor Geral do ICESP.
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“Trata-se de um projeto muito importante para comprovar a eficácia de equipamentos guiados por robôs nas cirurgias de câncer. Este é um projeto de pesquisa fundamental para a rede pública de saúde, e nos orgulha que o Icesp tenha sido escolhido”, afirma David Uip, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
A Secretaria de Estado da Saúde investiu R$ 2 milhões no custeio das cirurgias realizadas pelo robô, que foi adquirido pelo Ministério da Saúde.
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