Tanto crianças como adultos estão vulneráveis a contrair alguma das 'ites' durante o outono e o inverno / Reprodução
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O outono chegou e, logo vem o inverno por aí, trazendo dias com temperaturas mais amenas, baixa umidade do ar, maior concentração de poluentes e mudanças bruscas no clima, que favorecem a proliferação de doenças respiratórias. Listamos quatro dicas para ajudar você a evitar as alergias típicas destas épocas. O texto conta com informações do Hospital Paulista.
“Nos meses mais frios do ano temos um aumento dos casos de rinite e sinusite devido o clima frio e seco, que atuam como fatores irritativos da mucosa nasal. O tempo seco desidrata a mucosa, desencadeando um processo inflamatório, que pode virar uma rinossinusite. Além disso, o agravamento e concentração da poluição nos grandes centros impacta diretamente na piora do quadro”, afirma a Dr.ª Cristiane Adami, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
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Tanto crianças como adultos estão vulneráveis a contrair alguma das ‘’ites’’ durante o outono e o inverno, entre elas a rinite e a sinusite. Embora parecidas, é importante ficar atento aos sintomas para buscar o tratamento mais adequado.
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O que é a rinite?
A rinite é uma inflamação e/ou disfunção da mucosa de revestimento nasal, e é caracterizada por alguns dos seguintes sintomas: obstrução nasal, rinorreia (presença de secreção e corrimento nasal), espirros, prurido nasal e hiposmia (diminuição do olfato).
A rinite alérgica é a forma mais comum da doença, induzida por inalação de ale?rgeno, substância que provoca uma reação alérgica em certos indivíduos, tais como a poluição. “Nestes casos, recomenda-se deixar os cômodos da casa e a roupa de cama bem limpos para evitar acúmulo de poeira, e deixar entrar sol o máximo possível, além de realizar o tratamento adequado”, explica a Dr.ª Cristiane.
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Há outros tipos da doença, como por exemplo, as rinites infecciosas, causadas por vírus e, menos frequentemente, por bactérias. “Neste caso, é importante lavar bem as mãos, principalmente quando em lugares muito fechados e cheios de pessoas. O uso do álcool gel pode ajudar”, afirma.
O que é a sinusite?
Segundo a Dr.ª Cristiane, a sinusite pode ser aguda ou crônica. “A sinusite aguda geralmente decorre de um processo inflamatório iniciado no nariz, e pode durar até 12 semanas, com desaparecimento completo após o tratamento. Ao ultrapassar este período, já é considerada sinusite crônica”, conta.
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A especialista acrescenta que a sinusite crônica pode apresentar um subtipo chamado de Polipose Nasossinusal. “Neste caso, a mucosa nasal e dos seios da face têm predisposição para a formação de pólipos. Esses obstruem os óstios de drenagem dos seios nasais, favorecendo o acúmulo de secreções e infecção bacteriana”, afirma.
“A rinite e a sinusite apresentam sintomas semelhantes, porém a sinusite geralmente é uma complicação de uma crise de rinite infecciosa ou alérgica que teve um prolongado tempo de duração, ocasionando secreção espessa e purulenta, dores no rosto, muita tosse e dores de cabeça”, afirma a Dr.ª Cristina.
E o que é a rinossinusite?
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Rinossinusite é todo processo inflamatório da mucosa da cavidade nasal e dos seios paranasais. Essa resposta inflamatória representa uma reação a um agente físico, químico ou biológico (bacteriano, fúngico ou viral), ou também pode ser decorrente de mecanismos alérgicos.
“O termo rinossinusite é atualmente usado com consenso entre os especialistas, já que rinite e sinusite são frequentemente doenças em continuidade. Assim, podemos ter um episódio de rinite isolado ou que pode estender-se para os seios da face, caracterizando uma rinossinusite”, diz a especialista.
Dicas
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Evite a poluição e o ar condicionado
Para o doutor Olavo Mion, professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o cuidado com as vias respiratórias deve ter atenção especial principalmente nas estações mais frias.
“Com o ar mais seco, frio e poluído, as vias respiratórias se sobrecarregam e tentam melhorar a qualidade do ar que entra nos nossos pulmões, fator que aumenta os sintomas das alergias”, ressalta.
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Para ele, o primeiro procedimento que se deve tomar é buscar ambientes menos maléficos ao nosso sistema respiratório, evitando exposição prolongada à fumaça e poluição e ao uso do ar condicionado. “Dentro de casa, por exemplo, o ideal é nunca usar o ar condicionado, pois ele tira a umidade do ambiente”.
Utilize umidificadores com moderação
Para pessoas que vivem em regiões muito secas, o professor da USP recomenda o uso do umidificador, mas com alguns cuidados. “O excesso do umidificador ou o mau uso dele podem causar mofo dentro de casa, e nesse caso ele terá o efeito contrário ao desejado”.
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Cuidado ao varrer ou aspirar a casa
Parece sem sentido, mas isso é mais óbvio do que se imagina na hora da limpeza. Mion afirma que utilizar vassouras e aspiradores para retirar o pó da casa é um erro muito comum. “Varrer e aspirar não eliminam totalmente a poeira. O ideal é sempre tirar o pó com pano úmido, que gruda a poeira e evita que ela se espalhe”.
Planeje sua alimentação
No inverno, a alimentação também deve receber atenção especial, buscando aumentar o consumo de frutas e verduras, que ajudam na reposição das vitaminas C e D no corpo.
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