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A queixa de queda de cabelos (alopecia) está entre as dez mais frequentes nos consultórios dermatológicos do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). A quantidade é variável, mas caem, em média, de 60 a 100 fios por dia.
“Estima-se que 50% dos homens acima de 50 anos apresentem algum grau de calvície. Já para as mulheres, as estimativas de prevalência são muito variadas”, afirma a responsável pelo ambulatório de Alopecias do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), dra. Priscila Kakizaki.
Se a lavagem dos cabelos não é diária, os fios soltos acumulam-se presos entre os demais. Na próxima lavagem, estes fios se desprendem, dando a sensação de que a queda está acima do normal, o que não é verdade.
A dermatologista explica que a calvície (alopecia androgenética) é a causa mais comum de queda em ambos os sexos. Neste caso, existe a predisposição genética para a queda, mas o modo de herança não está bem definido, acredita-se que seja poligênica (vários genes).
Outro fator importante é o hormonal. Sabe-se que nos homens é um processo mediado por androgênios (hormônio masculino). Nas mulheres, este fator hormonal é incerto.
Ela acrescenta que, nos indivíduos predispostos à calvície, os fios vão se tornando mais fracos e finos a cada ciclo. Esta transformação gradual vai dando o aspecto rarefeito dos cabelos. Nas mulheres, a perda ocorre em todo o couro cabeludo, enquanto nos homens é mais frequente na região da coroa.
Algumas situações agravam a queda, como ter anemia ou doenças tireoidianas, emagrecimento acentuado e uso de drogas, entre outros. Existem também muitos mitos que são atribuídos à queda, como dormir com os cabelos molhados, manter os cabelos presos, usar bonés e chapéus ou secador quente, que não são verdadeiros.
A dra. Priscila esclarece que o tratamento pode ser tópico (loções e xampus) e/ou sistêmico (por via oral). Em casos avançados, pode se recorrer ao transplante de cabelos.
“Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores serão as chances de sucesso. Para isso, deve-se sempre procurar um especialista”, destaca.
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