O projeto / Isabela Carrari/PMS
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A horta comunitária idealizada em 2019 na Policlínica São Jorge e Caneleira, na Zona Noroeste de Santos, vai se tornar um jardim terapêutico nos próximos meses, com o cultivo de plantas medicinais para beneficiar a comunidade. Atualmente, a unidade de saúde conta com 12 canteiros (sendo quatro acessíveis para cadeirantes), oferecendo berinjela, hortelã, manjericão, entre outros vegetais.
O projeto "Jardins Terapêuticos Santistas" foi apresentado na manhã desta terça-feira (24) pelo médico Luiz Sérgio Passos Alves e pelo engenheiro agrônomo Ricardo Alonso Martello aos secretários municipais Adriano Catapreta (Saúde) e Cristina Barletta (Educação), além do ouvidor municipal, Rivaldo Santos.
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"O jardim terapêutico não traz só benefícios medicinais, mas também na parte coletiva", destaca Luiz Sérgio.
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"Tira o aspecto negativo de doença de uma unidade de saúde". Entre os exemplos dos benefícios de alguns produtos, o capim-limão tem ação sedativa e analgésica; a camomila, efeito sedativo e digestivo.
Outro fator positivo destacado é que, com o uso de produtos do jardim terapêutico, a comunidade que frequenta a policlínica passa a ter acesso a conceitos de uma alimentação mais saudável, com projetos a serem desenvolvidos no local. "A horta e o jardim são espaços de todos e para todos", ressaltou o médico.
Entre os primeiros passos para a criação da horta comunitária na Policlínica São Jorge e Caneleira, o engenheiro agrônomo Ricardo Alonso Martello doou um minhocário para a unidade. O equipamento funciona como um sistema de reciclagem de lixo orgânico caseiro, transformando restos de alimento em adubo. "Este é um projeto em que a comunidade precisa estar integrada para que tenha uma continuidade".
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PONTAPÉ INICIAL NO CAMPO GRANDE
A Policlínica Campo Grande também vai abraçar o projeto "Jardins Terapêuticos Santistas". Na manhã desta terça-feira (24), idosos do projeto Movimente-se com a Música e a Dança plantaram as primeiras mudas no local. O espaço, inclusive, ganhará novos contornos a partir de julho, quando receberá nova pintura e a construção de um canteiro.
Visando o manuseio da terra como forma de interação com o público, a policlínica fomenta a participação popular no projeto. Frequentadores da unidade podem doar mudas e plantas das mais variadas, como espécies medicinais e até temperos. O objetivo da unidade do Campo Grande é incentivar o tratamento terapêutico e a vida saudável.
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Camomila, gervão, guaco, boldo, arnica, coentro e hortelã. Opções não faltaram para o pontapé inicial do projeto. A aposentada Nair Passos, de 76 anos, era uma das mais entusiasmadas com a chegada do Jardim Terapêutico.
"As plantas têm vida e, quando as cultivamos, temos uma prazerosa troca de energia. Adorei o projeto. Hoje plantei gervão e hortelã e irei trazer boldo e limão rosa na semana que vem", contou a munícipe.
Quem também participou da inauguração foi a aposentada Luzimar da Silva, de 67 anos. Ex-funcionária de uma floricultura, ela é apaixonada por plantas e comemorou o início das atividades. "Estou em tratamento de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e encontrar um jardim na policlínica é maravilhoso. Participar de uma ação como essa só nos revigora", concluiu a paciente.
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AMPLIAÇÃO PARA OUTRAS UNIDADES
Para o secretário de Saúde, Adriano Catapreta, a implantação de um jardim terapêutico em uma policlínica traz "além do benefício direto, que é a colheita terapêutica, um ganho indireto de terapia e de aproximação entre as pessoas". Segundo ele, a ideia pode ser implantada em outras unidades de Saúde.
A secretária de Educação, Cristina Barletta, também citou a intenção de estender o projeto para as escolas da rede municipal. Algumas unidades, comentou, já contam com experiências semelhantes. "A UME Avelino da Paz Vieira, por exemplo, já conta com minhocário. Temos condições de levar experiências como essa para as unidades de educação".
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