Saúde

Posto de Coleta de Leite Humano de Praia Grande recebe doações das mamães

Em dois meses de projeto, equipe já reuniu 40 doadoras e coletou 26 litros de leite

Da Reportagem

Publicado em 22/03/2022 às 10:38

Atualizado em 22/03/2022 às 10:57

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Em dois meses de projeto já foram recolhidos 26 litros / Divulgação

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Doar leite humano salva vidas. Com esse pensamento em mente, Josileide Araújo, 30 anos, compartilha semanalmente o leite com o qual ela alimenta seu filho Francisco, 1 ano. Ela é uma das primeiras doadoras do Posto de Coleta de Leite Humano de Praia Grande, que começou a funcionar em janeiro e já conta com 40 mamães cadastradas e 26 litros  de leite recolhidos.

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“Eu me sinto um pouco mais tranquila porque estou fazendo a minha parte. Eu tenho leite suficiente para o meu neném, mas muitas mães não  têm. Então, eu posso doar um pouco e isso não atrapalha a minha  rotina, não afeta em nada a minha vida. Para mim é muito bom. Leite é sangue e salva muita vida, é um alimento vivo”, conta Josileide, moradora do Bairro Princesa.

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Uma vez por semana, o carro da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, com duas profissionais do Posto de Coleta de Leite  Humano, vai até a casa de Josileide e das demais doadoras para recolher o leite humano, que é armazenado em caixas térmicas com temperatura adequada. Também é fornecido pela Prefeitura um kit higienizado para a doação seguinte. Após a retirada, a equipe leva o conteúdo para o Banco de Leite Humano de Peruíbe, parceiro neste projeto. No local são feitas análises físico-químicas e  microbiológicas e o leite é pasteurizado (processo térmico que garante  a qualidade do leite e mata microorganismos que poderiam causar  doenças), antes de ser encaminhado para a UTI Neonatal do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.

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Em dois meses de projeto já foram recolhidos 26 litros. Para se ter uma ideia da importância desse trabalho, com um mililitro de leite já  é possível alimentar uma criança, prevenindo uma série de doenças e complicações no desenvolvimento dela. “Se você doar ‘dois dedinhos’ de  leite você salva duas crianças na UTI. Então, não importa a  quantidade, o que importa é que você doe leite, doe amor, doe vida”, afirma a nutricionista e responsável técnica pelo posto, Roberta Hegedus.

Quem quiser doar só precisa entrar em contato pelo número 3496-5262, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. “A  equipe vai atender, tirar as dúvidas e fazer um pré-cadastro. Depois  disso é agendada uma visita na casa da mamãe, aonde a gente leva um  kit, explica como funciona a ordenha para depois passar recolhendo uma  vez por semana esse leite que ela coletou e levar para o Banco de  Leite de Peruíbe”, explica a coordenadora Posto de Coleta de Leite  Humano, Nathamy Jannuzzi, que é especialista em obstetrícia pelo Hospital Albert Einstein.

O Posto de Coleta de Leite Humano também tem uma sede física para as  mamães que desejarem doar o leite no local ou mesmo tirar dúvidas  presencialmente com a equipe, composta por médico pediatra, enfermeiro  e nutricionista. O posto fica no Centro Especializado em Reabilitação  (CER), na Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas, 8813, Mirim, e funciona  de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.

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Disque Amamentação

A central telefônica Acolhe PG tem desenvolvido  um atendimento específico para as novas e futuras mamães. É o Disque  Amamentação, um canal direto com profissionais capacitados em fornecer  orientações e tirar dúvidas a respeito do tema. O objetivo é reforçar  a importância do aleitamento materno para manter os bebês saudáveis e  diminuir a mortalidade infantil.

O atendimento ocorre pelo telefone 3496-5262 de segunda a sexta-feira,  das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. Nesse período, pediatras,  nutricionistas, fisioterapeutas e demais profissionais de saúde  capacitados em aleitamento materno estão à disposição para tirar as  dúvidas das munícipes e também de profissionais da rede que necessitem  apoio técnico. E nos casos em que a dúvida indique um acompanhamento  presencial, a paciente é encaminhada pelo próprio serviço para a sua  Unidade de Saúde da Família (Usafa) ou para o Posto de Coleta de Leite  Humano.

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Mais recentemente, o Acolhe PG tem feito uma abordagem junto às mamães  logo após a alta hospitalar. Além do encaminhamento para a Usafa, a  equipe do Acolhe PG faz um contato para tirar dúvidas sobre a  amamentação e também oferecer o serviço de coleta de leite humano.  Esse acompanhamento ocorre também em outros períodos até os três meses  do parto, que é quando há uma maior tendência de ocorrer o desmame  precoce.

“Cada período temos umas questões diferentes para trabalhar. No  começo, as mães têm muitas dúvidas sobre o leite, acham que está  fraco, que não está alimentando o bebê, que ele chora demais. Já nos  três meses há a proximidade da volta ao trabalho por causa do término  da licença maternidade, então algumas não sabem como ordenhar,  armazenar, acham que precisa dar fórmula ao invés do leite materno.  Então fazemos o contato para tirar essas dúvidas e orientar que elas  façam a amamentação exclusiva com o leite humano até os seis meses de  vida do bebê”, esclarece Nathamy.

A amamentação é recomendada pelo Ministério da Saúde para crianças  pelo menos até dois anos ou mais, sendo, de maneira exclusiva, até os  seis meses. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das  Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de vidas  são salvas todos os anos devido ao aumento das taxas de amamentação  exclusiva até o sexto mês de idade.

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Acolhe PG

Além do Disque Amamentação, o Acolhe PG oferece o  acompanhamento de pacientes, atendimento específico de gestantes de  alto risco, agendamento de consulta nas Especialidades Médicas, além  do atendimento e monitoramento dos casos suspeitos e confirmados da  covid-19. Esse serviço em específico funciona de segunda a  sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados das 8h  às 17h. O atendimento ocorre pelos telefones 162 e 3496-2281.

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