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Dificuldades para fazer o teste de detecção do HIV, demora na marcação de consultas e falhas de informação são alguns dos problemas encontrados nos centros de referência em DSTs e aids em todo o País.
No Ceará, que tem o menor número de centros de testagem em relação à sua população, o horário para a realização dos exames é limitado. No CTA Carlos Ribeiro, em Fortaleza, os testes só são realizados entre 8 e 11 horas e das 14 às 16 horas.
Mesmo em São Paulo, onde o número de serviços especializados é maior, há dificuldades para a testagem. No SAE Campos Elísios, no centro da capital, é preciso retirar senha para conseguir fazer o teste. "São dez senhas às 7 horas e oito às 14 horas", informou ao Estado uma funcionária do local.
Pacientes soropositivos que frequentam a unidade reclamam ainda da demora na marcação de consultas.
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Infectado pelo HIV há quatro anos, um cozinheiro de 36 anos diz que teve de esperar dois meses para conseguir remarcar um atendimento. "Tive de cancelar a consulta porque não consegui dispensa no trabalho, mas me colocaram na fila de espera normal e só consegui para dois meses depois", conta ele, que ficou quatro meses sem tomar a medicação. "Parei porque tive muitos efeitos colaterais e precisava passar pelo médico para conseguir retomar o tratamento", diz ele, que se consultou anteontem.
O namorado dele, Lucas (nome fictício), de 30 anos, também é soropositivo e faz o acompanhamento em uma unidade da zona leste "A demanda aumentou muito. Procuro marcar a consulta com bastante antecedência, porque demora uns dois, três meses mesmo", diz.
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