Saúde

Ouvir música faz bem, mas no volume certo

Estudo da alerta que 360 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de perda auditiva

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/01/2014 às 20:01

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Um mundo sem música seria muito chato; afinal, as melodias são parte essencial de nossas vidas. Ouvir música faz bem para a saúde, pode trazer tranquilidade ou muita animação e alegria, dependendo do momento. Contudo, se tocada com frequência em um volume muito alto, a música pode ser prejudicial à audição.

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Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que 360 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de perda auditiva. A entidade considera que a perda de audição relacionada ao ruído musical é a segunda maior causa de surdez no mundo.

A fonoaudióloga Isabela Pereira Gomes, da Telex Soluções Auditivas, alerta que aqueles que estão expostos a sons em volume alto, com frequência, podem ter prejuízos na audição. "A grande preocupação é que a 'Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados' tem efeito cumulativo. Dependendo da frequência, do tempo de exposição ao som elevado e da predisposição, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada ao longo da vida", explica.

Se tocada com frequência em um volume muito alto, a música pode ser prejudicial à audição (Foto: Divulgação)

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As boates são um perigo em potencial para os ouvidos, mas não só esses locais. Evite ouvir música muito alta dentro de casa ou do carro e, se o seu filho já for grandinho, aconselhe-o a evitar o volume alto nos fones dos celulares ou em players como o iPod, que chegam a mais de 110 decibéis (dB).

De acordo com a especialista, um pequeno problema na audição já é um sinal de alerta. "Quanto maior a frequência a ambientes barulhentos, maiores os riscos. Além disso, na medida em que o volume da música passa dos 100 decibéis, aumenta o risco de lesões na cóclea (órgão dentro do ouvido responsável pela audição). Nesses casos, o tempo de exposição não deve passar de 30 minutos", explica a fonoaudióloga da Telex.

"A frequência de 80 a 90 decibéis é a que começa a prejudicar a audição. Temos que estar numa faixa sempre abaixo disso. No entanto, a gente vive em cidades com muitos ruídos, sons elevados vindo de obras, trânsito, buzinas, metalúrgicas e ainda tem o problema agravado pela música alta direta nos fones de ouvido. Tudo isso, em conjunto, são fatores que podem ser prejudiciais à audição", conclui a especialista.

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