26 de Setembro de 2024 • 18:51
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu que a ajuda internacional na luta contra a epidemia de ebola seja multiplicada por 20. "Para aqueles que ainda não se comprometerem (em ajudar), eu peço que façam logo", afirmou Ban em uma reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para discutir o surto da doença.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yonk Kim, reforçou os pedidos da ONU para garantir que os profissionais de saúde infectados sejam tratados adequadamente. O objetivo é garantir que haja médicos e enfermeiros dispostos a trabalhar nas áreas mais afetadas pelo surto da doença. Kim também afirmou que mais hospitais e centros de saúde devem ser construídos rapidamente nesses países.
Ele afirmou que esta é a melhor maneira de conter o contágio do vírus. "Tentar bloquear as fronteiras e isolar esses países de alguma forma não vai funcionar", alertou às outras nações. A estimativa divulgada na quarta-feira pelo Banco Mundial é que o impacto regional da crise chegue a US$ 32,6 bilhões ao final de 2015.
A diretora do FMI, Christine Lagarde, disse que a instituição está disposta a fazer mais, afirmando que a crise do ebola é uma das raras ocasiões em que é bom para os países gastarem mais. Nenhuma das duas instituições informou detalhes sobre futuras ações.
Os presidentes de Serra Leoa, Libéria e Guiné, os três países mais atingidos pela epidemia de ebola, pediram nesta quinta-feira que o mundo envie mais dinheiro, médicos e leitos para ajudar a conter o surto da doença. O presidente da Guiné, Alpha Conde, pediu por dinheiro, suprimentos, medicamentos e treinamentos para profissionais de saúde. "Nossos países estão em uma situação muito frágil", afirmou.
O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, afirmou que a resposta mundial não acompanha o ritmo da disseminação do vírus, que ele classificou como "uma tragédia nunca vista nos últimos tempos" e uma ameaça a todos. Ele pediu o envio de mais 5.000 médicos, enfermeiros e profissionais de apoio além de mais 1.500 leitos para Serra Leoa.
O Banco Mundial doou US$ 400 milhões às três nações e o FMI forneceu US$ 130 milhões em financiamentos emergenciais. A ONU estima que os custos do surto da doença vão chegar a US$ 1 bilhão. A crise de ebola na África Ocidental deixou mais de 3.879 mortos e infectou mais de 8.033 pessoas.
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