Saúde

Óculos de sol pode evitar doenças oculares

O uso acessório é imprescindível e deve ser usado até mesmo nos dias nublados e no inverno

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/06/2014 às 15:52

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Com o evento da Copa do Mundo, muita gente – principalmente estudantes – já está desfrutando de férias de dois meses: junho e julho. Independentemente de viajar ou aproveitar a presença de inúmeros estrangeiros no Brasil, é importante não sair de casa sem bons óculos de sol. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, o uso acessório é imprescindível e deve ser usado até mesmo nos dias nublados. “A exposição exagerada aos raios solares pode causar, no mínimo, nove doenças oculares: câncer de pele, câncer da conjuntiva (membrana mucosa e transparente que reveste e protege o globo ocular), pinguécula (espessamento da conjuntiva), pterígio (fibrose da conjuntiva), ceratite (inflamação da córnea), catarata (opacificação do cristalino), degeneração do vítreo (responsável por manter a forma esférica do olho), retinopatia solar (queimadura da retina) e degeneração macular (deterioração da visão central).”

Neves explica que a luz invisível é composta por raios infravermelhos e ultravioleta. Enquanto a radiação infravermelha é percebida em forma de calor, a ultravioleta desencadeia reações que vão desde o bronzeamento até queimaduras e fotoalergias. “O efeito cumulativo dessa radiação pode, mais cedo ou mais tarde, não só resultar no envelhecimento precoce da pele, bem como favorecer o aparecimento do câncer de pele e todas essas doenças oculares já citadas. Para se proteger dessas radiações, todos devem fazer uso diário de protetor solar para pele e óculos de sol com filtro UV nas lentes. Vale ressaltar que é fundamental que os óculos bloqueiem entre 99% e 100% dos raios UVA e UVB. Ou seja: não adianta optar por modismos ou por óculos piratas que não ofereçam nenhuma garantia nesse sentido”.

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A utilização dos acessórios evita doenças oculares (Foto: Divulgação)

O especialista diz que a proteção UV vem de uma camada de agentes químicos aplicada na superfície da lente e que existem, inclusive, lentes transparentes com 100% de proteção. Até mesmo por essa razão, a escolha da cor das lentes é uma questão de gosto pessoal e, também, de função. “Com exceção da lente preta, que é mais indicada no pós-operatório ocular, as demais cores de lentes devem levar em consideração sua utilidade. As lentes de cor cinza e marrom proporcionam bastante conforto visual e são as preferidas de quase todo mundo. Já quem dirige bastante ou já passou dos 60 anos costuma dar preferência às lentes verdes, que oferecem melhor visão de contraste. Por outro lado, as lentes amarelas são ideais para quem vai dirigir à noite, porque reduzem o desconforto das luzes que vêm em direção ao motorista.  Quem pratica muita pescaria, esportes náuticos, caça ou ainda é adepto dos esportes na neve leve dar preferência às lentes de cor púrpura ou vermelha, porque aumentam a visão de contraste em ambientes com fundo azul ou verde.”

Idealmente, Neves diz que os óculos devem se ajustar bem ao rosto, dos dois lados, para que os raios solares não penetrem pelas laterais. Outra advertência feita pelo médico diz respeito às crianças. “Os pais, às vezes, têm dois ou três óculos de sol para usar, mas não ligam de suas crianças estarem saindo sem qualquer proteção solar. Trata-se de um erro grave, porque os efeitos nocivos do sol são cumulativos e podem se manifestar antes que se espere. Por isso, além de investir em bons óculos de sol para os filhos pequenos – incluindo os bebês – é importante mantê-los na sombra entre 10h e 14h, período em que os raios UV são mais fortes. Chapéus e bonés também devem ser usados nesses casos.”

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