Saúde

Novo teste torna detecção dos vírus HIV e das hepatites B e C mais eficiente

Estima-se que no Brasil, 135 mil pessoas não sabem que têm aids, aumentando, dessa forma, a chance de transmissão pela transfusão sanguínea

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/02/2014 às 17:24

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Estima-se que no Brasil, 135 mil pessoas não sabem que são portadoras do vírus HIV - aumentando, dessa forma, a chance de transmissão pela transfusão sanguínea, essencial nos procedimentos de alta complexidade, como transplantes e cirurgias.

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Em consequência de doenças como o HIV e a Hepatite B e C, foi necessário o desenvolvimento de testes mais sensíveis no sangue dos doadores. Entre os mais seguros está o NAT (Teste de Ácidos Nucleicos), técnica ainda nova no Brasil, mas que passou a ser obrigatória pelo Ministério da Saúde desde 12 de fevereiro.

“Nos testes convencionais, a transmissão dos vírus HIV e da hepatite B e C podem ocorrer, devido a “janela imunológica”, ou seja, período que demora para o teste positivar depois que um indivíduo é contaminado”, explica Dr. Paulo Tadeu, hematologista e hemoterapeuta do Hospital Nossa Senhora das Graças. Por estas razões, no início dos anos dois mil, a Europa e América do Norte passaram a utilizar o NAT, um teste mais sofisticado, que busca diretamente o vírus e diminui a janela do HIV de 22 dias para 10 e das Hepatites de 80 dias para 20 dias.

“Com o novo teste os receptores de doações de sangue contam com mais segurança na triagem do sangue recebido", destaca. Entre as vantagens do teste está a redução do tempo de diagnóstico da presença do vírus no organismo. “Até então, os exames convencionais identificavam o anticorpo de defesa e, não, a presença do vírus, e neste caso, havia a necessidade de aguardar o tempo da janela imunológica, ou seja, o intervalo entre a infecção e a produção de anticorpos no sangue”, esclarece o hemoterapeuta.

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O NAT torna detecção dos vírus HIV e das hepatites B e C mais eficiente (Foto: Divulgação)

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