Saúde

Mulheres entre 25 e 35 anos são as que mais realizam exames para detecção da AIDS

Número de mulheres é quatro vezes maior que o número de homens nesta faixa etária, segundo pesquisa do Delboni Medicina Diagnóstica

Publicado em 04/01/2015 às 12:44

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Levantamento realizado pelo Delboni apontou que os jovens de 25 a 35 anos são os que mais realizam exames para detecção da AIDS. O número de mulheres nesta faixa etária representa a maioria absoluta, correspondendo a quatro vezes mais que o número de homens.

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“Isso não significa que as mulheres estejam mais vulneráveis do que os homens a contraírem o vírus. O que ocorre é que as mulheres costumam ter uma rotina mais frequente de consultas médicas, desde a primeira menstruação”, aponta Dr. Alberto Chebabo, infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica. O levantamento considerou os exames realizados nos anos de 2013 e 2014, este último até o final do mês de outubro.

Desde que foi descoberta, na década de 80, a AIDS tem sido uma das doenças crônicas mais temidas. Antigamente, o vírus condenava o paciente à morte; hoje porém ele já pode ser controlado. O Dia Mundial de Luta contra a AIDS, comemorado em 1 de dezembro, é o momento de maior reflexão sobre o assunto, para desmistificar os mitos sobre o HIV e incentivar a realização do exame de sorologia para o diagnóstico da doença. “Hoje, só morre de AIDS quem descobre tarde demais ou não acompanha a doença adequadamente. Quem faz o diagnóstico precoce e utiliza as medicações adequadamente tem grande chance de sobrevida semelhante a das pessoas não infectadas”, salienta Dr. Chebabo.

Os jovens de 25 a 35 anos são os que mais realizam exames para detecção da AIDS (Foto: Evandro Oliveira/Fotos Públicas)

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“O HIV ataca o sistema imunológico, que é responsável por defender o organismo de doenças. Dessa forma, o portador não tem condições de se proteger de infecções”, explica o médico. Os sintomas iniciais podem ser confundidos com mal-estar corriqueiro, desencadeando febre constante, calafrios, dores de cabeça, dores de garganta, dores musculares e aumento de gânglios no pescoço, que surgem de duas a quatro semanas após o indivíduo contrair o vírus. Em alguns casos, não há nenhum sintoma nesta fase.

Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em julho deste ano, as mortes relacionadas ao vírus da AIDS registraram queda de mais de um terço na última década. Em 2013, 1,5 milhão de pessoas morreram vítimas da AIDS no mundo, uma queda de 11,8% em comparação com 2012. No Brasil, no entanto,o número de infecções pelo HIV aumentou 11% entre 2005 e 2013. No ano passado, o país registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina.

“O diagnóstico da doença é realizado por um exame de sangue, chamado de sorologia para HIV. Se ele der positivo, na amostra de sangue é processado um segundo exame por outra técnica diferente da inicial, que é o confirmatório. O ideal é que o paciente seja submetido a este teste de a partir de 30 dias após o contato de risco”, recomenda o infectologista. O procedimento também deve ser incluído no check-up de rotina, além dos exames pré-nupciais, para os casais que estão planejando uma gravidez e durante o pré-natal.

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As principais formas de transmissão do vírus envolvem as relações sexuais sem proteção, o compartilhamento de agulhas contaminadas e pode ocorrer de mãe para filho durante a gestação, o parto e a amamentação. A AIDS ainda não tem cura, mas atualmente o portador do vírus HIV pode conviver com a doença por longos anos, tomando os famosos coquetéis, que nada mais são do que uma combinação de vários medicamentos antirretrovirais. A melhor forma de combater a AIDS é a prevenção com uso de preservativos e o não compartilhamento de agulhas 

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