Saúde

Mesmo dentro dos limites, álcool prejudica a visão em até 30%

O estudo mostrou que, além de afetar as habilidades motoras da pessoa e a tomada de decisão, também reduz o contraste visual, dificultando a noção de profundidade

Publicado em 12/02/2014 às 16:10

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Em várias partes do mundo foi determinado um consumo-limite de álcool como forma de aumentar a segurança no trânsito. Pesquisadores do Canadá estudaram quanto e de que forma a visão é comprometida mesmo dentro desses parâmetros aceitáveis, chegando à conclusão de que a visão pode ser prejudicada em até 30% antes mesmo de o bafômetro acusar que a pessoa atingiu ou passou desse limite.

Publicado no jornal Perception, de Ontário, o estudo mostrou que, além de o álcool afetar as habilidades motoras da pessoa e a tomada de decisão, também reduz o contraste visual, dificultando a noção de profundidade e a distinção de tudo o que for claro e escuro. “No começo da manhã e ao cair da tarde, especialmente quando a luz do sol está baixa e pode prejudicar a visão até mesmo de quem não bebe, a noção de contraste ajuda muito na hora de evitar um acidente”, diz Brian Timney, coordenador do estudo.

Na opinião do cirurgião-oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, quem já percebeu como os olhos ficam vermelhos e como as reações se tornam mais lentas depois da ingestão moderada ou alta de bebidas alcoólicas deve desconfiar do impacto que isso causa no cérebro e, consequentemente, na visão a longo prazo.

“Entre os sintomas mais comuns estão a visão dupla e a visão embaçada. Com a repetição desses episódios, os músculos que controlam o foco da visão ficam comprometidos, prejudicando grandemente a noção de distância e profundidade. Também a visão periférica, que dá uma noção do que está acontecendo ao redor da pessoa, fica altamente prejudicada com o tempo – e isso é especialmente ruim para quem vai dirigir”, diz o médico.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Em várias partes do mundo foi determinado um consumo-limite de álcool como forma de aumentar a segurança no trânsito (Foto: Divulgação)

Neves chama atenção para outro estudo, desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Hallym University, na Coreia do Sul, que revela que o consumo de álcool também está relacionado a distúrbios da superfície ocular, como olho seco.  “Quando o consumo de álcool é prolongado, é possível identificar uma mancha permanente nos olhos: vermelha ou amarela. Esse é, inclusive, um dos sinais físicos encontrados nos alcoólatras. Com o tempo, a pressão ocular elevada pode danificar o nervo óptico, resultando em glaucoma e na perda permanente da visão”.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software