No Brasil, existe apenas dois medicamentos registrados na Anvisa à venda nas farmácias / Rick Proctor/Unsplash
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A oferta de medicamentos à base Cannabis aumentou no mercado nacional neste primeiro semestre do ano. Se de um lado as empresas se preparam para entrar com pedido de registro na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), de outro abastecem as prateleiras virtuais dos sites de produtos importados com novidades. Bom para os pacientes, que passam a ter mais opções de escolha.
É o caso da canadense VerdeMed que lançou os primeiros produtos da startup no site da empresa no primeiro trimestre e agora começa a expandir os canais de venda. A partir desta segunda-feira (3), eles passam a ser vendidos na plataforma do Dr. Cannabis.
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São três medicamentos desenvolvidos com extrato americano. Dois óleos de CBD (canabidiol), sendo um isolado na concentração de 100mg/ml, com 30 ml (US$ 157), e o outro, full spectrum, 30 gr/ml, com 30 ml (US$ 76). Por último, um vidro de 30 cápsulas de CDB full spectrum, de 10 mg por unidade (US$49).
Fundada em 2017 , a Dr Cannabis foi a primeira plataforma nacional, que se tem notícia, a dar informações sobre a Cannabis medicinal e aproximar médicos de pacientes. A empresa disponibiliza um cadastro de médicos prescritores e ajuda os pacientes com a burocracia da importação.
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Com o contrato da VerdeMed, a Dr.Cannabis passa a oferecer 21 produtos e 4 marcas. "Nossos clientes agora têm um catálogo mais completo. Faltava um CBD isolado como o que a VerdeMed trouxe", diz a CEO Viviane Sédola.
Para atingir mais pacientes, as empresas precisam aumentar a exposição dos produtos principalmente entre os médicos, pois são eles que receitam. Ao contrário das farmacêuticas de alopatia, os laboratórios de Cannabis são proibidos de fazer propaganda do produto, mesmo junto aos especialistas da área.
"São os médicos que podem avaliar os produtos e informar os pacientes. É importante que eles conheçam e aprovem os produtos. Para isso, o remédio tem de ser facilmente encontrado. A estratégia é ampliar geograficamente nosso mercado" diz o italiano Fábio Lampugnani, diretor responsável pela operação da VerdeMed na América Latina.
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A parceria foi fechadas às vésperas do congresso da Dr Cannabis. O CNABIS (Congresso Digital de Cannabis medicinal) acontece de 4 a 6 de agosto e está voltado também aos pacientes. É gratuito. Segundo Sédola, já são 9 mil os inscritos.
A brasileira OnixCann lançou o Paste Provocan, desenvolvido pela inglesa CiiTECH, parceiro acadêmico da Universidade Hebraica de Jerusalém. É uma pasta de CBD puro, segundo a empresa, acrescida de fitocanabinóides, terpenos e flavonóides. O produto vem com um aplicador. Cada frasco de 5 ml, contém 50 doses (50 mg/dose).
A empresa também colocou no mercado o Provocam balm (pomada), com 300 mg de CBD. Na composição do produto, além da Cannabis, há elementos hidratantes para a pele, como cera de abelha e óleos -de karitê, semente de uva, alecrim, baunilha e terpenóides. Os preços estão sob consulta no site da empresa.
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Outra canadense que está entrando com os produtos no Brasil é a Khiron. Em maio, ela fechou parceria com a MedLive, empresa nacional de marketing e distribuição de produtos farmacêuticos do Sul do Brasil- que atende mais de 1.500 clínicas e hospitais em território nacional.
A Khiron tem sede na Colômbia, onde cultiva a Cannabis e extrai o óleo para a composições de produtos medicinais e para cosméticos. É uma das grandes do setor global com capital aberto na bolsa.
No Brasil, existe apenas dois medicamentos registrados na Anvisa à venda nas farmácias. O Mavatyl, remédio importado, produzido pela inglesa GW Pharma e o CBD da Prati-Donaduzzi. Custam em média R$ 2,5 mil, cada. Os demais produtos são importados por pacientes compassivos autorizados pela Anvisa Agência de Vigilância Sanitária).
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