Saúde

Médicos sem Fronteiras: mundo está perdendo batalha contra ebola

O vírus do ebola, para o qual não existe tratamento, nem vacina, causou, até 26 de agosto, mais de 1.500 mortes em 3.069 casos registados pela OMS

Publicado em 02/09/2014 às 15:49

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A presidente da organização humanitária internacional Médicos sem Fronteiras (MSF), Jeanne Liu, disse hoje (2) que o mundo está “perdendo a batalha” contra a epidemia do vírus ebola, que continua progredindo na África Ocidental.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

“Em seis meses da pior epidemia de ebola da história, o mundo está perdendo batalha. Os líderes não estão conseguindo travar esta ameaça transnacional”, disse Jeanne Liu, durante discurso nas Nações Unidas, em Nova Iorque, divulgado pela organização humanitária.

“O anúncio [da Organização Mundial de Saúde (OMS)], de 8 de agosto, de que a epidemia constituía uma ‘emergência de saúde pública de preocupação internacional’ não levou a uma ação decisiva e os estados uniram-se essencialmente numa coligação global de inatividade”, criticou a representante do MSF.

A epidemia da doença poderá atingir 20 mil pessoas (Foto: Abbas Dulleh/Associated Press/Estadão Conteúdo)

Continua depois da publicidade

No mesmo discurso, Jeanne Liu pediu à comunidade internacional para financiar a instalação de mais camas para uma rede regional de hospitais de campanha, o envio de pessoal médico qualificado e a distribuição de laboratórios móveis na Guiné-Conacri, em Serra Leoa e na Libéria.

O vírus do ebola, para o qual não existe tratamento, nem vacina, causou, até 26 de agosto, mais de 1.500 mortes em 3.069 casos registados pela OMS. Destes casos, a Libéria registrou 694, a Guiné-Conacri 430, Serra Leoa 422 e a Nigéria seis.

A OMS indicou hoje que a epidemia fez 31 vítimas na República Democrática do Congo, esclarecendo que a doença permanece circunscrita à região Noroeste do país. Perante o atual ritmo de contágio, a agência das Nações Unidas indicou que demorará entre seis meses a nove meses, e uma verba de pelo menos US$ 490 milhões, para conseguir controlar a epidemia, que poderá atingir 20 mil pessoas.
 

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software