Saúde

Libéria pede que mundo faça mais para conter ebola

Os Estados Unidos planejam o envio de 17 centros de tratamento, com 100 leitos cada, para a Libéria, país que tem sido mais atingido pelo surto

Publicado em 17/09/2014 às 16:22

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A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, pediu nesta quarta-feira que o mundo faça mais para encerrar o surto de ebola, dizendo que a "Libéria não pode derrotar a doença sozinha". Na terça-feira, o presidente Barack Obama anunciou que vai ordenar o envio de 3 mil militares para a África ocidental para ajudar a conter a doença, que já matou pelo menos 2.400 pessoas.

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Os Estados Unidos planejam o envio de 17 centros de tratamento, com 100 leitos cada, para a Libéria, país que tem sido mais atingido pelo surto.

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A presidente Sirleaf disse nesta quarta-feira que o compromisso é significativo, mas que espera que esta determinação para combater a doença esteja apenas começando.

"Nós esperamos que esta decisão dos Estados Unidos estimule o resto da comunidade internacional e a leve a agir", declarou ela em comunicado por escrito lido pelo ministro da Informação, Lewis Brown, durante coletiva de imprensa. "Esta doença não é apenas uma problema na Libéria ou da África ocidental. Toda a comunidade de nações tem interesse em encerrar esta crise."

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O surto de ebola na África ocidental também atinge a Guiné, Serra Leoa, Senegal e Nigéria. Acredita-se que tenha infectado cerca de 5 mil pessoas.

Trata-se do maior surto da doença já registrado. Segundo especialistas médicos, os três países mais atingidos - Libéria, Serra Leoa e Guiné - precisam desesperadamente de todo o tipo de apoio para conter o ebola, de trabalhadores da área da saúde a roupas de proteção para evitar que se contaminem.

Nas última semanas, promessas de ajuda aumentaram significativamente e Sirleaf elogiou o compromisso de Obama, que está entre as maiores promessas de ajuda de um único país. A Libéria foi fundada por ex-escravos norte-americanos e os dois países têm laços estreitos.

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Mas, embora ela tenha saudado a ajuda, Sirleaf lembrou que os planos têm de ser formalizados. Autoridades norte-americanas esperam abrir os primeiros centros de tratamento em algumas semanas, mas não está claro quando todos os funcionários e equipamentos estarão instalados.

Autoridades da área médica advertiram que a janela para acabar com o surto está se fechando e que as promessas devem ser convertidas em ação rapidamente.

A Austrália anunciou nesta quarta-feira que vai enviar mais US$ 6,4 milhões para combater a doença. A Organização das Nações Unidas (ONU) estimou em US$ 1 bilhão o custo para conter o Ebola. 

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