Saúde

Liberação de emagrecedores aumenta possibilidades de tratamento, dizem médicos

A Anvisa tirou do mercado remédios consolidados, que eram uma opção para obesos que não se davam bem com outros tratamentos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/09/2014 às 18:59

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A endocrinologista Rosana Radominski, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, disse hoje (3) que a liberação de emagrecedores ampliará a lista de remédios disponíveis nas farmácias e facilitará a identificação do mais adequado para o paciente. Ela explicou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tirou do mercado remédios consolidados, que eram uma opção para obesos que não se davam bem com outros tratamentos.

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“Vamos ter mais opções de tratamento para os pacientes, o que é muito bom, principalmente para aqueles de baixo poder aquisitivo. Há pacientes que não se dão bem com os medicamentos tomados como primeira opção e que ficam sem ter um tratamento adequado”, explicou a especialista, acrescentando que os anfetamínicos custam em média entre R$20 e R$25.

Desde 2011, quando a Anvisa proibiu a venda dos anfetamínicos anfepramona, femproporex e mazindol e restringiu a prescrição da sibutramina, as entidades médicas vinham tentando reverter a decisão. Ontem (3), foi aprovado pelo Senado o projeto de decreto legislativo que suspende a resolução da Anvisa. Falta apenas a promulgação do decreto para que os médicos possam voltar a receitar os remédios.

Médicos afirmam que a liberação de emagrecedores aumenta possibilidades de tratamento (Foto: Divulgação)

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Ao proibir a venda dos anfetamínicos, usados por mais de 30 anos no Brasil, e restringir os remédios à base de sibutramina, a Anvisa argumentou que foi constatada uma baixa eficácia dos medicamentos na perda de peso e riscos à segurança do paciente.

Para o conselheiro do Conselho Federal de Medicina, José Hiran Gallo, o risco está no uso do medicamento sem prescrição médica. “A Anvisa tem que fiscalizar quando os medicamentos são vendidos na farmácia indiscriminadamente. Mas, quando aquele medicamento é prescrito pelo médico, ele vai trazer benefício para o paciente, e a gente não pode tirar essa oportunidade”.

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Procurada para reportagem, a Anvisa não se manifestou sobre a decisão do Senado.

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