Em 2020, foram diagnosticados mais de 2,2 milhões de casos de câncer de mama, segundo a Agência Internacional para a Investigação do Câncer da OMS / Marijana1/Pixabay
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O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, inicia a campanha Outubro Rosa de 2021 com alerta para mitos e verdades relacionados ao câncer de mama.
Os especialistas, Prof. Dr. José Roberto Filassi, Chefe do Setor de Mastologia do Icesp, e a Dra. Laura Testa, Chefe do Grupo de Oncologia Mamária do Icesp, e a médica mastologista do Icesp, Bruna Salani Mota, respondem as principais perguntas relacionadas ao tipo de câncer que se tornou o mais comum no mundo todo, conforme declarado pela da Organização Mundial da Saúde (OMS), em fevereiro deste ano.
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Em 2020, foram diagnosticados mais de 2,2 milhões de casos de câncer de mama, segundo a Agência Internacional para a Investigação do Câncer da OMS. No Brasil, foram 66.280 novos casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
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O câncer de mama é a multiplicação de células anormais, podendo ter origem por alterações genéticas (adquiridas ou hereditárias). É importante conhecer o seu corpo e ficar alerta aos sinais incomuns que ele possa apresentar, como retração da pele, vermelhidão, inchaço com aspecto semelhante à casca de laranja, ferida ou descamação do mamilo e saída de secreção. “Visitar o médico anualmente e realizar exames de rotina podem auxiliar na detecção inicial do câncer e de outras doenças”, reforça o mastologista José Roberto Filassi. Além disso, há algumas maneiras de diminuir o risco do desenvolvimento de tumores, como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas.
Confira abaixo alguns mitos e verdades sobre o câncer de mama:
Homens também podem desenvolver câncer de mama?
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Verdade. Apesar de ser menos comum, homens também podem desenvolver câncer de mama. A incidência é de 1% no público masculino.
Só tem câncer de mama quem tem histórico familiar?
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Mito. O câncer de mama também pode ser desenvolvido em pessoas que não possuem histórico familiar. Apenas 10% dos casos são hereditários.
Quem faz autoexame não precisa fazer mamografia?
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Mito. Independente do autoexame, a mamografia deve ser realizada. A mamografia é o principal exame que reduz a mortalidade para o câncer de mama.
Implante de prótese mamária atrapalha o autoexame e a mamografia?
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Mito. Não atrapalha, apenas faz com que tenha que se tomar cuidados diferentes, as mulheres com prótese mamária devem realizar o autoexame e a mamografia normalmente.
Quem faz cirurgias plásticas na mama (como mamoplastia e mastopexia) aumenta as chances de ter câncer?
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Mito. Não há relação de câncer mama com cirurgias plásticas na mama. Esse público deve realizar o autoexame e a mamografia.
Todo nódulo na mama é maligno?
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Mito. Normalmente, pacientes jovens possuem nódulos benignos. Um exemplo é o fibroadenoma, que é muito comum e esse não pode ser confundido com o câncer de mama.
Vacinas contra a covid-19 prejudicam o diagnóstico de câncer de mama?
Mito. As vacinas que combatem doenças virais podem aumentar temporariamente os linfonodos axilares no lado do braço que a vacina foi aplicada. No entanto, não se deve adiar a vacina para realizar a mamografia.
O ideal é aguardar 30 dias entre a aplicação da vacina e a realização dos exames de rastreamento para reduzir as chances de resultado falso-positivo, ou seja, quando o surgimento de qualquer alteração no exame, que possa sugerir indícios de nódulos, foi induzido por reação vacinal.
O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja realizada de quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19.
A mamografia só deve ser realizada após os 40 anos?
Mito. Como exame de rotina, a mamografia deve ser realizada após os 40 anos, mas se houver suspeita e a pessoa tiver histórico familiar, ela pode ser feita antes.
Existe possibilidade de cura para o câncer de mama?
Verdade. O diagnóstico precoce e o tratamento são fortes aliados para a cura do câncer de mama. Para indicar a melhor sequência de tratamento, é necessário identificar o tipo de tumor e o estágio em que se encontra. Entre os métodos estão cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e terapia alvo/imunoterapia.
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