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Um brasileiro a cada cinco minutos. De acordo com dados da campanha "Coração Alerta", mantida pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, é este o índice de mortalidade por infarto agudo do miocárdio, no país. Por ano, mais de 300 mil pessoas têm uma parada cardíaca e cerca de 80 mil delas não consegue sobreviver, conforme estimativa do Ministério da Saúde. O infarto agudo do miocárdio é responsável por 29,4% de todas as mortes registradas no Brasil.
"Esses números seriam significativamente reduzidos se os pacientes com diagnóstico de infarto fossem encaminhamos para o serviço de Hemodinâmica, área da Cardiologia que utiliza técnica minimamente invasiva para diagnosticar e tratar doenças cardíacas. No laboratório de Hemodinâmica, é possível realizar cateterismo para o diagnóstico do problema e angioplastia para desobstrução da artéria coronária, o que contribui com o salvament o da vida", explica o cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Fabio Sandoli de Brito Jr.
Ainda de acordo com Sandoli, além de ser utilizado em caso de emergência, o cateterismo também é fundamental para o diagnóstico e planejamento do tratamento da doença arterial coronariana. "Caso haja uma suspeita de obstrução, um médico especialista pode indicar o procedimento. Durante o exame, são inseridos cateteres nos vasos sanguíneos que são guiados até o coração. Injeções de contraste iodado são aplicadas pelo cateter para a visualização das artérias coronárias. O procedimento dura cerca de 30 minutos", revela.
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Após a confirmação da obstrução, o cardiologista pode indicar a angioplastia. "Trata-se de um procedimento minimamente invasivo que tem como objetivo desobstruir as artérias do coração. Para isso , são implantados 'stents', tubos metálicos minúsculos que liberam medicamentos para impedir a reobstrução da artéria. A angioplastia é mais comumente realizada com anestesia local. Em uma situação eletiva, o paciente tem alta em 24 horas", detalha Sandoli.
Segundo Fabio Sandoli de Brito Jr, o serviço de Hemodinâmica é um grande aliado da Cardiologia. "Os primeiros procedimentos de angioplastia foram registrados em 1977. Ao longo dos anos, houve uma grande evolução da técnica e, atualmente, é possível realizar diversos procedimentos para o tratamento das coronárias, válvulas e doenças estruturais e congênitas do coração", conta.