Saúde

Hospital dos Estivadores, em Santos comemora redução de infecções e economia de custos

As informações foram apresentadas nesta terça-feira (19) aos colaboradores da instituição

Da Reportagem

Publicado em 19/12/2023 às 22:00

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Dados fazem parte do Programa Saúde em Nossas Mãos, do Governo Federal, cujo triênio 2021-2023 se encerrou neste mês. / Divulgação/PMS

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O Complexo Hospitalar dos Estivadores (CHE) tem mais um motivo para comemorar: ao longo dos últimos 3 anos, evitou 15 infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras) nos 17 leitos de UTI adulto, que geraram uma economia de R$ 848.771,60 ao Sistema Único de Saúde. Os dados fazem parte do Programa Saúde em Nossas Mãos, do Governo Federal, cujo triênio 2021-2023 se encerrou neste mês. As informações foram apresentadas nesta terça-feira (19) aos colaboradores da instituição.

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O objetivo do Programa Saúde em Nossas Mãos, que reuniu 188 hospitais do SUS de todo o País, é o de reduzir, em médio prazo, a incidência dos principais indicadores de infecção hospitalar que podem ser evitados a partir da adoção de boas práticas, disseminar o modelo de melhoria para outras unidades e hospitais, bem como demonstrar o impacto financeiro com a prevenção das infecções. A longo prazo, contribuir para a mudança da cultura em relação à segurança do paciente.

As Iras mais comuns são infecção do trato urinário associado a cateter (ITU AC); pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e infecção primária de corrente sanguínea laboratorialmente confirmada (IPCL). Durante os 3 anos do programa, o Estivadores registrou um caso de ITU AC e três casos de PAV, todos associados a condições clínicas dos pacientes que os deixaram mais suscetíveis a infecções e não por não-conformidades. Com relação às IPCL, o hospital manteve uma média de 2 a 3 casos por mês, chegando a zero em alguns períodos, fruto de mudanças na assistência.

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“Com relação à redução de custos, isso se deve ao fato de as boas práticas, advindas da educação permanente, evitarem infecções, diminuindo o tempo de permanência do paciente no hospital e o uso de medicações e insumos”, contextualiza Wladimir Garcia Silva, analista de Ensino e membro da Diretoria Executiva de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

METODOLOGIA

O programa utiliza a metodologia chamada modelo de melhoria, orientada pelo Institute of Healthcare Improvement e utilizada com sucesso ao redor do mundo.  Primeiramente, a fase de aprendizado ocorre em pequena escala, com um grupo de pacientes e profissionais de saúde e, a partir do aprendizado e adaptações, é implantado no restante da instituição. No caso do CHE, apenas a UTI adulto foi inserida no programa Saúde em Nossas Mãos.

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A capacitação das equipes acontece por meio de encontros virtuais e presenciais. As melhorias implantadas são monitoradas por indicadores e visitas in loco.

“A equipe da UTI adulto do Estivadores abraçou o projeto e acreditou, quis se inscrever e o Ministério da Saúde selecionou o hospital. Viu o porte, tamanho e relevância para toda a Baixada Santista. Poderemos agora estender para outras áreas”, afirma Ana Paula Pinho, CEO do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz (ISHAOC).

O secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, destaca outra vantagem da adesão ao Programa. “O melhor é que salvamos vidas, com assistência adequada e de qualidade. Os índices do CHE são maravilhosos, mas sempre podemos melhorar”.

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NO BRASIL

Em todo o Brasil, o Programa Saúde em Nossas Mãos envolveu 188 hospitais do SUS. Até setembro de 2023, foi registrada redução de 50% na ocorrência de Iras em UTIs adulto, pediátrica e neonatal, com 6.191 infecções evitadas e 2.353 vidas salvas. A economia foi de R$ 364.325.374,29. Os hospitais envolvidos no programa investiram R$ 45 milhões – a cada R$ 1,00 investido houve R$ 7,00 de economia por meio da redução das infecções.

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