Saúde

Hábito de fumar potencializa nível do mau colesterol

Segundo estimativa da OMS, um terço da população mundial adulta, ou seja, cerca de 2 bilhões de pessoas, são fumantes

Publicado em 22/07/2015 às 12:36

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De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,4 milhões de brasileiros, com mais de 18 anos, apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. Outro número alarmante é o de fumantes. Estimativas da OMS apontam que um terço da população mundial adulta, ou seja, 2 bilhões de pessoas, sejam fumantes. Além disso, pesquisas comprovam que cerca de 47% de toda a população masculina mundial e 12% da feminina fumam.

Embora algumas pesquisas mostrem que no Brasil o número de fumantes venha diminuindo nos últimos anos, essas duas estatísticas representam uma situação extremamente preocupante para a saúde da população. Tanto o fumo como o excesso de gorduras no sangue são fatores de risco importantes para uma condição clínica chamada aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas principais artérias do organismo.

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O endotélio (revestimento interno nas artérias) sofre agressão por diversos fatores, como a hipertensão, o colesterol elevado e o tabagismo. Isso favorece o acúmulo de gorduras nessas artérias, principalmente o LDL, o que leva, a médio e longo prazo  à obstrução desses vasos sanguíneos, com a diminuição do sangue que chega aos principais órgãos, como por exemplo, coração ou cérebro. O resultado final desse processo é a ocorrência de infarto ou AVC, esse último mais conhecido como derrame cerebral. “O maior problema nesses casos é que a evolução da aterosclerose, em geral, é silenciosa, isso é, não gera sintomas. Em grande parte das pessoas, a primeira manifestação clínica é a própria complicação (infarto ou AVC), e, por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são tão importantes”, destaca o gerente médico, Carlos Eduardo Travassos.

Estimativas da OMS apontam que um terço da população mundial adulta, ou seja, 2 bilhões de pessoas, sejam fumantes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Para evitar o acúmulo de placas de gordura, colesterol e demais substâncias que possam impedir as paredes das artérias e prejudicar o fluxo sanguíneo, algumas medidas são essenciais. “É indispensável não descuidar da saúde, realizar exames preventivos regularmente e manter a pressão arterial controlada. Também é importante cultivar um estilo de vida saudável, que inclui, certamente, parar de fumar, praticar atividades físicas e manter uma alimentação equilibrada, que pode ser complementada com o consumo de suplementos alimentares úteis no controle do colesterol.”

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Os fitoesteróis extraídos da soja, canola e girassol, aliados a essas medidas, ajudam a inibir a absorção do colesterol no intestino e proporcionam benefícios ao organismo que podem ser notados a partir da terceira semana de uso do alimento, reduzindo de 8% a 15% o LDL, conhecido popularmente como o colesterol ruim. O consumo diário é de 1,3 a 2,0g de fitoesterol.

Prejuízos ao organismo 

A fumaça do cigarro contém mais de cinco mil substâncias tóxicas. A nicotina, por exemplo, é a principal causadora do vício. Ela consegue, em apenas 10 segundos, percorrer todo o corpo humano, e quando inalada ou absorvida pelo pulmão, entra na corrente sanguínea e libera substâncias que proporcionam uma grande sensação de prazer. Já o monóxido de carbono (CO) em contato com a hemoglobina do sangue, dificulta a oxigenação e, consequentemente, priva alguns órgãos do oxigênio causando doenças como a aterosclerose.

O alcatrão, por sua vez, é responsável pelas manchas na pele, nos dedos e nos dentes dos fumantes. No pulmão, deixa uma coloração castanho-escura. O Arsênio, usado como pesticida durante o plantio do tabaco causa lesões em órgãos como fígado, pulmão, dentes, ossos, rins e coração. Já o acetato de chumbo, muito usado em tinturas para cabelo, afeta, sobretudo, pulmão e rins, gerando enfisema e câncer de pulmão.
 

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