Saúde

Governo gasta R$ 10 milhões com campanha do programa Mais Médicos

O programa enfrenta enorme resistência da classe médica, contrária especialmente à contratação de estrangeiros

Publicado em 20/07/2013 às 17:38

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O Ministério da Saúde está investindo R$ 10 milhões para chamar profissionais e explicar o programa Mais Médicos em rádio, tevê e jornais. A campanha publicitária, que começou a ser veiculada nesta semana, pretende chamar médicos para participar e também fazer com que os municípios que precisam de profissionais se inscrevam no programa.

Criticado desde antes de o Mais Médicos ser anunciado por completo, o ministério também usa a campanha para conquistar a população que precisa de atendimento, mas desconhece a ação do governo. A análise é que, apesar da contrariedade da classe médica, a maioria da população é simpática à ideia, que ganhará apoio com divulgação.

De acordo com uma nota do ministério enviada, a razão principal é atrair candidatos às vagas e aos municípios que precisam de médicos.

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O Ministério da Saúde está investindo R$ 10 milhões para chamar profissionais e explicar o programa Mais Médicos em rádio, tevê e jornais (Foto: Divulgação)

"A execução do programa depende da adesão de municípios, que apontarão a demanda de unidades de saúde que não contam com profissionais, e de médicos, que receberão bolsa federal de R$ 10 mil para atuar nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades", diz o texto. A nota explica que a campanha é para atingir esses públicos e tem os mesmos moldes e o mesmo custo da que divulgou o Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), proposta anterior de atração de médicos para o interior.

O programa enfrenta enorme resistência da classe médica, contrária especialmente à contratação de estrangeiros, possibilidade aberta pelo governo caso as vagas não sejam preenchidas por brasileiros. Apesar de o Brasil ter apenas 1,8 médico para cada mil habitantes, entidades alegam que o País importará pessoas mal formadas quando o maior problema da saúde é a falta de infraestrutura.

Na sexta-feira, o Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos, a Associação Médica Brasileira e a Associação Nacional de Médicos Residentes anunciaram, em protesto, que deixarão ao menos 11 comissões do ministério.

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