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A doença celíaca afeta pessoas que têm restrições ao glúten, cuja ingestão prejudica não apenas a pele, mas também os cabelos, favorecendo a queda capilar. “Pode ocorrer nesses pacientes, com maior frequência do que na população normal, tanto o eflúvio telógeno (queda difusa do cabelo), por alguma deficiência nutricional causada pela alteração da parede intestinal devido à presença do glúten, quanto a alopecia areata (popularmente chamada de pelada, placas de alopecias no couro cabeludo), de origem autoimune”, explica a dermatologista especializada em cabelos, Dra. Inaê Cavalcanti.
A doença celíaca até pouco tempo atrás era considerada rara. Seus sintomas muitas vezes eram graves e afetava principalmente as crianças. Nas últimas décadas, porém, essa doença se tornou comum, atingindo cerca de 2% da população mundial. Atualmente, a doença celíaca pode começar na fase adulta e ter quadros clássicos, como diarreia, desnutrição e fezes gordurosas. Podem ocorrer também sintomas extraintestinais (no pâncreas, mucosas e na pele). Outras vezes o quadro pode ser leve, no qual as pessoas ignoram os sintomas.
A inflamação do glúten no organismo provoca danos a outros tecidos do corpo. Há pouco tempo foram publicadas pesquisas italianas que comprovam a ligação da doença celíaca com a queda capilar. “Isso porque ambas têm origem autoimune (desregulação de linfócitos T); e a alteração da permeabilidade da mucosa intestinal nos intolerantes ao glúten leva ao aumento na absorção de várias substâncias (antígenos), capazes de desencadear uma reação imunológica, causando a alopecia areata (formação de anticorpos com a capacidade de destruir o folículo piloso)”, explica Inaê. Pode ocorrer nesses pacientes, com maior frequência que a população normal, tanto o Eflúvio Telógeno (queda difusa do cabelo) por alguma deficiência nutricional causada pela alteração da parede intestinal devido a presença do glúten quanto a Alopecia Areata (popularmente chamada de pelada, placas de alopecias no couro cabeludo) de origem auto-imune. Na população normal, a incidência é em torno de 0.7-1% e nos celíacos sobe para 3.8% de casos dessa alopecia.
Hoje se estuda a ligação que a doença celíaca tem com a alopecia areata. Acredita-se que as pessoas que já tenham probabilidade de desenvolver essa doença precisam ter uma alimentação que exclua o glúten das refeições.
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