Saúde

Ginecologista alerta para alto número de casos de câncer de colo de útero

Somente neste ano, segundo autoridades, devem surgir mais de 16.500 novos casos no Brasil

Da Reportagem

Publicado em 25/03/2020 às 21:00

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Médico santista entende que grande parte dos casos poderia ser evitado com a prevenção / Divulgação

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O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira. A instituição estima que, somente neste ano, devem surgir 16.590 novos casos da patologia, que costuma estar ligada ao Papilomavírus Humano (HPV). Dados como este mostram a importância do Dia Mundial de Combate à doença, celebrado neste dia 26, que traz a conscientização como arma para evitar o aparecimento da doença.

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O ginecologista e especialista em reprodução humana Condesmar Marcondes endossa o tema da campanha mundial. O médico santista entende que grande parte dos casos poderia ser evitado com a prevenção.

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"O número de casos no país é alto, e a prevenção poderia mudar este quadro, até porque evitar a doença é fácil e simples. Basta uso de preservativos, já que a maioria das contaminações ocorre em relações sexuais, e de vacinas disponibilizadas pela rede pública", diz. Podem ser imunizados meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos.

Além disso, existe o exame preventivo, conhecido como Papanicolau, que serve para detectar lesões que possam dar início à doença. "Ele pode ser feito por mulheres a partir do início da vida sexual e não tem idade limite para ser realizado. Serão avaliadas lesões vagina, que sempre surgem após o sexo. Se houver alguma coisa diferente nessas pequenas feridas, o exame vai mostrar", explica o médico.

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Marcondes faz, ainda, um alerta. Embora seja comum que pessoas infectadas ou em estágios avançados da doença apresentem sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal anormal ou dor abdominal, a mulher pode não apresentar qualquer sintoma no começo da patologia.

"Observamos que, na grande maioria dos casos, a infecção inicialmente é assintomática. Isso quer dizer que não há qualquer manifestação da doença. Isso aumenta a necessidade de prevenção, indo regularmente ao ginecologista. Afinal, mesmo que a pessoa não sinta nada, se houver algo anormal, este profissional vai perceber as alterações e começar o tratamento. Descoberto no início, este câncer tem grandes chances de desaparecer", ressalta.

Não há tratamento específico para a patologia, já que isso depende da  evolução da doença, do tamanho do tumor e de fatores pessoais. Contudo, podem ser indicadas cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.

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Sendo assim, Condesmar Marcondes reitera: "A procura regular do ginecologista e a conscientização são essenciais".

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