Saúde

Gastrite Nervosa: Saiba como você pode identificar e tratar

O médico recomenda que as pessoas levem a sério estes sintomas e não tentem tomar remédios por conta própria

Da Reportagem

Publicado em 08/07/2021 às 14:40

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Nelson Marfil, médico especialista em endoscopia e qualidade de vida, da Clínica Endocentro, afirma que pacientes não podem ignorar sintomas / Divulgação

Continua depois da publicidade

Desde o início da pandemia, as pessoas estão mais tensas, ansiosas e preocupadas. Emoções que afetam também o físico, com importantes impactos na saúde do corpo. Um destes problemas é a chamada gastrite nervosa.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"O estresse libera alguns hormônios, como o Cortisol e a Adrenalina, que podem afetar o nosso tubo digestivo, em especial o estômago, aumentando a produção de ácido clorídrico, que é o principal responsável pelos sintomas da gastrite nervosa ou dispepsia funcional", explica Nelson Marfil, médico especialista em Endoscopia e Qualidade de Vida, da Clínica Endocentro.

Continua depois da publicidade

Segundo ele, excesso de acidez pode levar a quadros de azia, náuseas e vômitos. Também é muito comum a cefaléia, a popular dor de cabeça, nestes casos. O médico concorda que no período da pandemia trouxe mais pacientes para a clínica com este tipo de queixa.

"Houve um grande aumento no número de casos de gastrite nervosa durante a pandemia, provavelmente pelo fato das pessoas estarem mais inseguras, amedrontadas, com alimentação exagerada ou inadequada, bem como a menor atividade física. Na endoscopia, geralmente, percebemos uma sintomatologia bastante acentuada  para um quadro endoscópico normal ou incipiente", confirma o médico, lembrando que o paciente também pode, em razão da gastrite nervosa, apresentar também quadros como insônia ou pirose (queimação no peito).

Continua depois da publicidade

Diante destes quadro, Nelson Marfil explica como deve ser o tratamento. " Incialmente podem ser utilizados medicamentos antiácidos e procinéticos (que melhoram a digestão e reduzem o refluxo), podendo ser necessários até mesmo medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, dependendo do quadro. O mais importante, porém, é uma avaliação psicológica do paciente, para chegar à verdadeira causa do quadro".

O médico também recomenda que as pessoas levem a sério estes sintomas e não tentem tomar remédios por conta própria. "A automedicação deve ser evitada sempre, pois muitas vezes é dado o diagnóstico de gastrite nervosa sem os exames necessários para confirmação diagnóstica, podendo deixar de ser descobertas  patologias graves. A endoscopia é um exame essencial em qualquer caso de epigastralgia que ultrapasse duas semanas", finaliza.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software