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Numa sociedade conectada como a nossa é raro não ver alguém com a cabeça para baixo enviando e /ou respondendo mensagens de texto em seu telefone celular ou lendo as últimas atualizações de seu status nas redes sociais.
No entanto, o excesso de mensagens de texto e a inclinação constante da cabeça para baixo por longos períodos podem se tornar “uma dor de cabeça” para algumas pessoas.
Inclinar a cabeça para frente e para baixo, por horas a fio, enquanto olha para um telefone ou para outro dispositivo móvel pode resultar no que o americano batizou de "pescoço de texto", que é o hábito de checar mensagens, enviar outras ou ficar navegando em redes sociais, o que normalmente é feito com o pescoço dobrado, pendendo para frente.
"As pessoas ficam tão focadas nesses dispositivos que elas acabam ‘forçando’ seu pescoço e a parte superior das costas em posições anormais durante um longo período de tempo, o suficiente para que a cunhagem da expressão ‘pescoço de texto’, que, essencialmente, refere-se à dor postural seja algo tão recorrente", explica o neurocirurgião Cezar Augusto Oliveira, especialista em coluna.
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O que pode parecer sem importância para alguns, está recebendo atenção da comunidade médica. “O hábito pode causar dores de cabeça ou desconfortos nos ombros, braços e até piorar casos de artrite. Sem falar nos pulsos, que já sofrem com o hábito de digitar e navegar em dispositivos como os tablets. O ‘número de vítimas’ deste problema vem crescendo à medida que aparelhos eletrônicos tornam-se cada vez mais populares. O corpo vai se adaptando a essa postura, mas reage ao estresse, causando problemas”, alerta o médico.
"Quando você mantém seu corpo em uma posição anormal, ele pode aumentar a tensão sobre os músculos, causar fadiga, espasmos musculares e até mesmo dores de cabeça de estresse", explica o neurocirurgião, que também é membro da Sociedade Brasileira de Coluna.
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De acordo com um estudo do Centro Médico da Universidade de Nebraska, “o estresse sob o pescoço é ampliado durante a digitação de mensagens por um longo tempo. O que ainda não sabemos é se isso está causando o aumento do estresse de longo prazo sobre outras estruturas, além do pescoço, como discos e articulações”, observa Cezar Oliveira.
Segundo a universidade americana, este tipo de queixa se tornará cada vez mais frequente, e mais e mais pessoas, ao longo do tempo, com o uso de tecnologia contínua, experimentarão este tipo de desconforto e de lesões no pescoço.
“Como não é possível impedir a expansão e a popularização dos dispositivos tecnológicos, é preciso redobrar os cuidados durante o uso dos dispositivos móveis, observando algumas medidas que podem ajudar a aliviar ou evitar o ‘pescoço de texto’”, diz o médico, que a seguir, enumera três delas:
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Modificar a posição do dispositivo
Ao invés de usar o dispositivo em seu colo, forçando-o a inclinar a cabeça para baixo, encontre uma maneira de manter o dispositivo em um nível de olhar neutro.
Faça pausas
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Esteja ciente de que você está usando esses dispositivos tecnológicos ao longo de todo o dia e se policie para fazer uma pausa e mudar ou alterar a posição de tempos em tempos.
Aptidão física
Ter músculos firmes e flexíveis ao redor da região do pescoço pode ajudá-lo a lidar com as tensões anormais e reduzir os problemas musculo-esqueléticos.
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