Saúde

Estética na gravidez: o que pode e o que não pode

Especialista lista os procedimentos estéticos que são permitidos e proibidos nessa fase

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/08/2015 às 15:18

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A maternidade é um momento muito aguardado pela maioria das mulheres. No entanto, a gestação ainda é um período envolto em mitos e dúvidas. É nessa fase que o corpo passa por diversas transformações e a gestante por um turbilhão de emoções. Além das preocupações normais, que já fazem parte da rotina da mulher, outra grande dúvida surge: é possível continuar com os cuidados estéticos no período gestacional?

De acordo com Dr. Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, o primeiro trimestre da gravidez é o mais delicado de todos. Nesta fase, os cuidados com o uso de produtos e medicamentos deve ser redobrado para que não ocorram problemas com a formação do feto.

“Neste período, as mudanças estruturais ainda são discretas. Com o acúmulo de líquidos e uma leve distensão abdominal, as gestantes podem iniciar sessões de drenagem linfática, mas não é recomendado drenar esta região. Sessões mensais de limpeza de pele e hidratação da pele também estão liberadas em qualquer período. No entanto, a escolha dos produtos deve ser bem cuidadosa e a preferência deve ser por cosméticos naturais ou orgânicos”, recomenda.

O especialista ainda ressalta que a grávida pode e deve fazer tratamentos para melhorar sua estética, mas sempre com acompanhamento médico. “É muito importante conversar com o médico antes de iniciar qualquer tratamento. Assim como existem procedimentos contraindicados, há aqueles que não prejudicam a gestação e favorecem o bem-estar da mãe, auxiliando na diminuição do inchaço e manchas”, explica Dr. Renato.

Para ajudar as futuras mamães, o especialista fez uma lista de contraindicações e tratamentos que ajudam a mulher a manter corpo e mente em equilíbrio durante a gestação. Confira!

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Fique por dentro sobre o que pode e o que não pode durante a gravidez (Foto: Divulgação)

Radiofrequência

Não pode. Apesar de estimular a produção de colágeno e deixar a pele mais firme, o aparelho pode exercer forte pressão e aumentar o estresse e as dores na gestante.

Tingir os cabelos

Não pode. Principalmente nas primeiras 16 semanas de gravidez, não é aconselhável utilizar tinturas para cabelo, pois o couro cabeludo é uma região bastante vascularizada, o que facilita a entrada da química da tintura na corrente sanguínea. Após este período, não temos evidências da segurança deste procedimento. Shampoos tonalizantes após as primeiras 16 semanas é uma opção mais segura.

Drenagem linfática manual

Pode. O procedimento é ótimo para aliviar as dores nas pernas causadas pela retenção de líquidos na gravidez. Alguns cuidados devem ser tomados como evitar a drenagem do abdômen e não usar cremes corporais com Nicotilato de Metila e/ou Cafeína.

Depilação

Depende. A depilação com cera morna ou feita com lâmina pode ser realizada. No entanto, a depilação a laser não é recomendada.

Alisamento capilar

Não pode. Os alisamentos devem ser evitados durante a gestação, bem como produtos à base de formol, chumbo, amônia, ureia, aromas intensos e componentes alergênicos. Porém, as hidratações podem ser feitas, desde que a composição de cada produto seja verificada.

Manicure e pedicure

Pode. O grande cuidado a ser tomado é evitar infecções por bactérias, fungos e vírus. Como prevenção, deve-se optar por profissionais que utilizem materiais descartáveis e auto clavados (mesmo processo de esterilização realizado nos hospitais). Esses cuidados valem independentemente de estar ou não grávida.

Peelings

Depende. A maioria dos peelings químicos é contraindicada durante a gestação. Porém, existem alternativas que podem ser avaliadas individualmente com seu dermatologista. Alguns peelings mecânicos podem ser avaliados em determinados casos.

Maquiagem definitiva

Não pode. Há o risco de os pigmentos introduzidos na pele acarretarem reações alérgicas ou anafiláticas. Além disso, o procedimento também é doloroso e provoca estresse, aumentando o risco de trabalho de parto prematuro.

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