Saúde
A pessoa que já se vacinou não precisa tomar novamente, até porque antes não existia a vacina fracionada, isso é uma novidade deste ano. Quem tomou a vacina antes dessa campanha, com certeza, tomou a dose completa.
A Chefe de Departamento em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras, confirma que a dose fracionada imuniza e explica sobre como será a campanha na cidade. / Rodrigo Montaldi/DL
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Com a inclusão pela Organização Mundial da Saúde (OMS) do Estado de São Paulo na área de risco da Febre Amarela - o que inclui a Baixada Santista - a procura pela vacina nos postos de saúde da Região aumenta dia a dia.
Para tentar evitar a correria, a campanha de vacinação que começaria no dia 3 de fevereiro foi antecipada em 10 dias e terá início em 25 de janeiro.
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A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é imunizar 1,5 milhão na Baixada Santista. A dose fracionada também gerou dúvidas na população, mas o governo garante que a própria OMS recomendou o fracionamento como opção quando há risco de a doença se expandir em cidades com elevado índice populacional.
Até agora os estudos mostraram que a proteção da dose fracionada, de 0,1 ml, é a mesma da dose padrão, de 0,5 ml. A diferença é que a primeira protege a pessoa por até oito anos, e a segunda, pela vida toda. No Brasil a garantia é dada diretamente pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Biomanguinhos/Fiocruz), única instituição autorizada a fabricar e distribuir doses fracionadas.
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A Chefe de Departamento em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras, confirma que a dose fracionada imuniza e explica sobre como será a campanha na cidade.
DL – Quem chegar para tomar a vacina da febre amarela antes da campanha, caso não vá viajar, vai conseguir se vacinar?
Ana Paula – Não, porque ainda não teremos recebido um número elevado da vacina. Ela chegará só para a campanha. A não ser que o Estado mande antes e nos oriente a já começar a ação. O nosso intuito não é dificultar a vida de ninguém, por isso, se a vacina chegar, a gente vai vacinando. O que a gente faz é seguir a norma do Ministério da Saúde e se houver necessidade de antecipar, faremos isso. No momento a prioridade é vacinar quem realmente vai viajar e a gente pede que as pessoas tenham consciência do coletivo porque senão acaba pegando a vacina de quem efetivamente está com viagem marcada. A viagem internacional precisa de comprovação por causa da emissão do certificado internacional.
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DL – Qual policlínica emite este certificado em Santos?
Ana Paula – Em Santos, a única policlínica que emite é a da Aparecida, na Avenida Pedro Lessa porque ela foi autorizada e credenciada pela Anvisa.
DL – Pessoas que já tomaram a vacina alguma vez estão realmente imunizadas?
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Ana Paula – A pessoa que já se vacinou não precisa tomar novamente, até porque antes não existia a vacina fracionada, isso é uma novidade deste ano. Quem tomou a vacina antes dessa campanha, com certeza, tomou a dose completa. Vale lembrar que mesmo o risco da vacina para a saúde sendo baixo, toda vacina tem risco, ainda mais que a da febre amarela é feita com o vírus vivo. Se a pessoa não lembra se tomou e vai viajar, a gente orienta para tomar, mas pode haver alguma reação adversa por conta de ela já ter tomado.
DL – Qual reação?
Ana Paula – Dificuldade na respiração, cansaço, porque o organismo está lutando contra o vírus vivo. Se a pessoa notar alguma reação mais grave, é preciso procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde. Reações gravíssimas são raras e dependem de cada pessoa, da imunidade de cada um. As reações não aparecem imediatamente, mas até 72 horas depois, geralmente.
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DL – Como a pessoa faz para saber se a imunidade dela está boa?
Ana Paula – Se a pessoa tem alguma doença específica, o médico vai avaliar através de exames de sangue.
DL – O Aedes é o vetor da doença em área urbana. Há risco de epidemia?
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Ana Paula – Se a gente tiver o macaco contaminado e tiver o vetor, a gente tem epidemia. No caso, aqui na Região, nós não temos nenhum macaco contaminado, então não há problema, não é preciso correr. Outro detalhe: o Aedes é fraco em relação a capacidade dele vetorial urbana.
DL – Por quê?
Ana Paula – É uma especificidade do próprio mosquito.
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