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Moradores do Parque das Bandeiras e do Humaitá, na Área Continental de São Vicente, estiveram reunidos na tarde ontem com o prefeito Luis Claudio Bili (PP), o secretário de Saúde, Antonio Rua, vereadores, e o comandante do 39º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Walter, para tratar da segurança nas unidades de pronto atendimento dos bairros. O encontro foi solicitado pelo vereador Perivaldo do Gás (PSB), após manifestação realizada na Câmara Municipal na última quinta-feira.
“No domingo aconteceu um acidente grave e a criança foi socorrida e encaminhada ao pronto-socorro do Parque das Bandeiras. Se ele tivesse fechado seria mais uma vítima que morreria por falta de atendimento”, relata um morador, ao questionar o fechamento do local no último dia 17.
O pronto-socorro do Parque das Bandeiras foi fechado – e reaberto horas depois —, após o médico de plantão ter sido rendido por um marginal armado durante a madrugada. Desde janeiro, a Cidade já registrou mais de 20 ocorrências de furtos em unidades de saúde e assaltos a funcionários e pacientes.
O prefeito disse que o secretário de Saúde errou ao determinar o fechamento da unidade do Parque das Bandeiras. “Ele errou preocupado com a vida dos funcionários. No dia entramos em contato com a polícia militar que prontamente foi até o local. A guarda civil municipal tem o dever de olhar o bem público, mas ele é o alvo primário dos marginais. A nossa reivindicação é de que haja o policiamento ostensivo próximo as unidades de saúde”, afirma. Bili disse que, no último encontro com o secretário de Segurança Pública do Estado, solicitou o aumento de policiais em São Vicente.
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O comandante da Polícia Militar afirmou que se o contato tivesse sido feito antes do fechamento, a crise poderia ter sido evitada. “Estamos 24 horas por dia tentando dar o melhor com o pouco que nós temos. Temos nossas dificuldades do dia a dia, mas intensificamos o policiamento ostensivo no entorno de creches, escolas e unidades de saúde, onde temos observado uma crescente do número de crimes”, explica. “Estive pessoalmente lá até a chegada dos médicos”, disse se referindo ao episódio do último dia 17.
O tenente coronel Valter destacou a necessidade da operação delegada. “Com isso, os policiais de folga podem trabalhar em prol do município”, disse. A parceria com a prefeitura, visando à promoção da atividade, foi aprovada pelos vereadores na sessão de quinta-feira.
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O secretário de Saúde, Antonio Rua, reconheceu o erro em determinar o fechamento da unidade do Parque das Bandeiras, mas disse que tomou a decisão baseado na angústia dos funcionários. Rua ressaltou que, para o próximo ano, está prevista a instalação de videomonitoramento nas unidades. A secretaria também avalia a contratação de empresa de segurança para atuar no Hospital Municipal.