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Mais de um quarto dos distritos da cidade de São Paulo já têm índice de incidência de dengue acima do normal, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 12, pela Secretaria Municipal da Saúde.
De janeiro até o dia 11 de junho, a capital paulista registrou 10.124 casos da doença, 19% a mais do que no balanço da semana passada, quando o município tinha 8.508 notificações confirmadas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento de registros foi de cerca de 314%.
Dos 96 distritos da cidade, 25 já ultrapassaram o índice de 100 casos por 100 mil habitantes, considerado médio pelo Ministério da Saúde. No balanço anterior, 20 bairros estavam nessa condição. Entraram para a lista Alto de Pinheiros, Vila Sônia (zona oeste), Capão Redondo (zona sul), Limão e Mandaqui (zona norte).
Em todo o ano passado, apenas um distrito teve incidência de dengue acima da média: Rio Pequeno, na zona oeste. Já em 2010, quando foi registrada a pior epidemia de dengue até 2014, 15 distritos tiveram índice acima de 100 casos por 100 mil habitantes.
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Apesar do aumento do número de casos, a cidade apresenta tendência de queda na transmissão da doença. Segundo a Prefeitura, a maioria dos casos adicionados ao balanço na última semana não é recente, mas, sim, de meses anteriores que só foi confirmada agora.
Além disso, diz a administração municipal, o número de notificações (registros ainda não confirmados) começou a desacelerar e, segundo nota da Prefeitura, "é provável que o pior período da doença neste ano já tenha passado", já que 57% de todos os casos foram registrados no período entre 23 de março e 19 de abril.
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Apesar da tendência de queda, a Prefeitura informou que 11 distritos ainda têm transmissão da dengue em nível de emergência, entre eles os bairros da zona oeste com os maiores índices de incidência por 100 mil habitantes: Jaguaré (2.490), Lapa (663) e Rio Pequeno (521).
Também está nesse grupo o distrito de Itaquera, na zona leste, onde está o estádio que receberá seis partidas da Copa do Mundo. Uma das preocupações das autoridades é que turistas sejam vítimas da dengue, já que, nos países do hemisfério Norte, não há ocorrência da doença, o que torna seus habitantes "virgens" para os quatro tipos de vírus da dengue.
Mortes
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A Secretaria da Saúde não confirmou nenhuma nova morte por dengue na capital. Até o último balanço, oito óbitos haviam sido registrados. Em todo o ano passado, foram dois. O distrito que registrou o maior número de mortes foi o Tremembé, na zona norte, onde a taxa de incidência da doença é de 263,6 casos por 100 mil habitantes.
Apesar de a Prefeitura não ter confirmado novas mortes no informe divulgado nesta quinta, dez óbitos estão sob investigação, conforme o jornal O Estado de S.Paulo revelou na edição de quinta.
A informação foi dada por técnicos da Coordenação de Vigilância Sanitária (Covisa) durante audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo.
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Prevenção
A Secretaria Municipal da Saúde informou que segue realizando ações de prevenção da dengue, mesmo com a diminuição de notificações. Segundo a pasta, até o próximo dia 17, as medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti estarão concentradas nas zonas oeste, sul e leste, na região de 16 subprefeituras.
Na Lapa e em Pinheiros, por exemplo, a previsão é que mais de 2,4 mil imóveis sejam vistoriados. A região passará por quatro nebulizações, que têm o objetivo de matar os mosquitos adultos. Também serão feitas ações de bloqueios de criadouros dos mosquitos.
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