Saúde

Ebola é pior emergência de saúde da era moderna, diz OMS

Ela afirmou também que é possível refrear parte das consequências econômicas da doença, se as pessoas foram orientadas a não tomar "atitudes irracionais" para evitar o contágio

Publicado em 13/10/2014 às 12:50

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A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, caracterizou a epidemia de ebola como a "emergência de saúde mais severa e aguda dos tempos modernos", ao discursar em uma conferência nas Filipinas nesta segunda-feira. Ela afirmou também que é possível refrear parte das consequências econômicas da doença, se as pessoas foram orientadas a não tomar "atitudes irracionais" para evitar o contágio.

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Citando dados do Banco Mundial, Chan disse que 90% do custo econômico de qualquer epidemia "vem de tentativas irracionais e desorganizadas de pessoas para evitar a contaminação". A diretora-geral afirmou ainda que a OMS está consciente de que o medo do ebola se espalhou pelo mundo "muito mais rapidamente do que o vírus".

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"Estamos vendo, agora mesmo, como o vírus pode perturbar economias e sociedades ao redor do mundo", disse a diretora-geral. Chan também pediu às autoridades para que se preparem contra o ebola, mas que foquem também em outras ameaças à saúde, incluindo doenças não transmissíveis.

Segundo dados da OMS, a epidemia de Ebola já matou mais de quatro mil pessoas (Foto: Agência Brasil)

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Discursando em uma conferência de saúde em Manila, Chan elogiou os filipinos por realizarem uma reunião contra o ebola, na semana passada, entre autoridades de saúde do governo e representantes do setor privado. Ela também alertou que o país está em posição vulnerável, devido ao grande número filipinos trabalhando no exterior.

Segundo dados da OMS, a epidemia de Ebola já matou mais de quatro mil pessoas, a maioria deles em países do oeste africano, principalmente a Libéria, Serra Leoa e Guiné.

No mês passado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu aos líderes dos países afetados para construírem centros especiais para isolar os pacientes de seus familiares não infectados, em um esforço para refrear a epidemia. Além disso, ele pediu às empresas de transporte e companhias aéreas internacionais que não suspendam seus serviços aos países afetados pela doença. Segundo ele, fazer isso criaria entraves às iniciativas de auxílio humanitários e médico. 

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