Mais de 43 milhões de adultos brasileiros serão obesos em 2020, com graves impactos na saúde dessas pessoas e nas finanças do Sistema Único de Saúde (SUS) / Divulgação
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Mais de 43 milhões de adultos brasileiros serão obesos em 2020, com graves impactos na saúde dessas pessoas e nas finanças do Sistema Único de Saúde (SUS). Se confirmada, essa projeção representará um crescimento de 67% em apenas sete anos, segundo dados da última Pesquisa Nacional de Saúde publicada pelo IBGE em 2013.
Se o ritmo atual de crescimento da obesidade no Brasil for mantido, o País terá 35% de sua população adulta obesa, índice semelhante ao dos Estados Unidos e do México, reconhecidos pelo apreço ao fast food e às comidas processadas.
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Essas revelações foram feitas durante Ciclo de Palestras realizado no último dia 20, na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp). O evento contou com a participação da Faculdade de Saúde Pública da USP.
A prevalência de obesidade no Brasil se intensificou a partir dos anos 2000 e mudanças no padrão alimentar da população contribuem para essa escalada. O problema atinge todas as faixas etárias e níveis de renda e em maior proporção em mulheres do que homens.
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A mais recente edição da Pesquisa Nacional de Saúde indicou que o brasileiro tem consumido menos arroz, feijão, carne, leite, açúcar, óleos e gorduras, em troca de mais pães, biscoitos, refrigerantes e outros grupos de alimentos.
Mas a constatação de que tem diminuído o consumo de açúcar, óleos e gorduras intrigou o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, afinal esses nutrientes estão relacionados com o desenvolvimento da obesidade.
Os pesquisadores passaram a analisar a alimentação a partir do nível de processamento dos alimentos e não mais de nutrientes. A análise da dieta por esse ponto de vista indicou aumento no consumo de ultraprocessados, formulações industriais como proteína texturizada da soja, adicionados para dar mais sabor e aroma.
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Além de mudanças no padrão alimentar, outros fatores que podem contribuir para a obesidade são distúrbios no sono, nos ritmos biológicos e na produção de melatonina. Foi o que constatou o Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Esses três fatores são responsáveis pela regulação do balanço energético e do peso corpóreo. Regulam também a síntese de secreção da insulina e de outros hormônios importantes para o organismo.
A troca da noite pelo dia, a redução do sono e a diminuição da produção de melatonina pela iluminação noturna podem causar ruptura na distribuição rítmica dessas funções biológicas – chamada cronorruptura – e desencadear o desenvolvimento da obesidade.
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