Saúde

Doria deve processar Ministério da Saúde por corte na distribuição de vacinas

Na semana passada, Doria acusou o ministério de cortar pela metade o número de doses que deveria ter enviado a São Paulo

Folhapress

Publicado em 13/08/2021 às 17:45

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Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo

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O governo de São Paulo deve entrar com uma ação na Justiça nesta sexta-feira (13) para exigir que o Ministério da Saúde siga entregando ao estado a mesma proporção de doses de vacinas que prevaleceu ao longo da campanha de imunização.

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Depois de uma audiência de conciliação feita na quinta (12) entre representantes da Secretaria de Estado da Saúde de SP, do Ministério da Saúde, do Judiciário, do Ministério Público Federal e da Advocacia Geral da União, não houve acordo sobre novos critérios que o governo federal adotou em relação à distribuição. E o estado decidiu então que vai acionar a Justiça.

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"São Paulo preza pela proteção da sua população. E proteger, hoje, é vacinar. especialmente agora que temos a variante delta circulando entre a nossa população", afirma o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.

Na semana passada, Doria acusou o ministério de cortar pela metade o número de doses que deveria ter enviado a São Paulo.

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De 228 mil esperadas da Pfizer, só 50% foram recebidas.

Um ofício foi enviado à pasta, que negou qualquer tipo de boicote. E afirmou que apenas obedecia a novos critérios adotados depois de uma reunião tripartite, entre o governo federal, os governos estaduais e representantes dos municípios.

Por ela, estados que receberam um percentual menor durante o ano serão compensados a partir de agora, diminuindo o percentual dos demais.

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Isso ocorreu porque houve situações em que a população alvo era maior em algumas unidades da federação do que em outras.

Por exemplo: em fevereiro, São Paulo, que tem cerca de 21% da população brasileira, recebeu 26% das doses porque tinha a maior concentração de profissionais de saúde do país. E eles eram dos grupos que o Programa Nacional de Imunização (PNI) considerava prioritários para receber a vacina.

Em março, novamente o estado recebeu percentual um pouco maior, já que tem mais idosos do que outras unidades federativas.

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No fim de julho, uma reunião tripartite entre o governo federal, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Consasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) decidiu que a distribuição passaria a ser diferente a partir de agosto, para compensar os que receberam menos no começo da campanha.

O Governo de São Paulo não se opôs. Mas diz que foi surpreendido com o tamanho do corte, já que tem 21% da população e passou a receber cerca de 18% das doses distribuídas no país.

O secretário Gorinchteyn chegou a viajar a Brasília para se encontrar com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Doria chegou a conversar com ele também.

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Houve o compromisso de envio de 50 mil doses de imediato, para começar a reposição. Mas seguiram as divergências sobre a forma de se calcular o que o estado passará a receber.

Doria já afirmou que não aceitará "boicote" e que as decisões do ministério foram "arbitrárias", ferindo o "pacto federativo".

Segundo Gorinchteyn, as datas de imunização já anunciadas estão mantidas, inclusive o início da vacinação de jovens com comorbidades. Ela começará no dia 18 de agosto pelos que têm 17 e 16 anos.

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