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No próximo 16 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Coluna Vertebral, data em que diversas entidades de saúde chamam a atenção para os cuidados com a coluna. E dentre os temas mais importantes nas dores lombares, um em especial é o que mais leva pessoas aos consultórios médicos: a dor do nervo ciático, gerada em mais de 90% dos casos, pela hérnia de disco.
Segundo o neurocirurgião especialista em coluna pela Unifesp, o Dr. Alexandre Elias, a hérnia de disco é uma doença que ocorre pelo desgaste ou trauma dos discos vertebrais lombares ou cervicais, que acabam por apertar as raízes nervosas que passam próximas a eles, e quando permanece por longo tempo, interfere na qualidade de vida e limita atividades simples do dia-a-dia do indivíduo por sua dor intensa, conhecida então como dor do nervo ciático.
Desta forma, embora comumente relatada como uma doença, na verdade a dor ciática é um sintoma da hérnia de disco, que acomete cerca de 5,4 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2014. Dentre 10% restantes, estão atividades físicas pesadas, posturas erradas, tumores e fraturas na coluna.
Dr. Alexandre Elias explica que além da dor na região do quadril com extensão pelo nervo ciático, os sintomas da doença se caracterizam por formigamento, dormência e fraqueza que correm para as pernas e dedos.
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“Mais comum em pessoas entre 30 e 50 anos, a doença acontece quando o disco intervertebral é enfraquecido ou sobrecarregado, rompendo as fibras que o constitui (anel fibroso), fazendo com que o núcleo pulposo (material mucoide de cor esbranquiçada) ultrapasse seus limites”, relata o médico.
Outros fatores também podem favorecer para o aparecimento da doença, como genética e envelhecimento, exercícios físicos intensos ou mal direcionados.
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O especialista alerta que o diagnóstico inicial da hérnia de disco é clínico e só pode ser feito pelo médico, que examinará o paciente, analisará seu quadro e, dependendo do caso, solicitará exames complementares.
Em relação ao tratamento, mais de 90% dos casos são bem controlados com medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares), fisioterapia e eventuais infiltrações. Apenas os quadros graves, que não apresentam melhora da dor com os tratamentos conservadores é que possuem indicação para a cirurgia, minimamente invasiva ou videolaparoscópica.
“Alguns pacientes podem necessitar de cirurgias convencionais, mas em ambos os casos e em mais de 95% dos pacientes, a resposta é bastante positiva”.
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