Continua depois da publicidade
O Governo Federal investiu R$ 738,5 no combate ao crack – no programa “Crack, é possível vencer” – em 2012, porém o governo assumiu que não sabe qual é o perfil do usuário, onde podem ser encontrados ou qual a melhor forma de tratá-los, mostrando que o dinheiro está sendo investido às cegas. Mesmo sabendo que faltam informações para obter sucesso no programa, até 2014 serão investidos R$ 4 bilhões.
O Secretário Nacional de Atenção à Saúde e responsável pelo tema do crack no Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, declarou que ele ainda não sabe a dimensão da “epidemia”, mas está correndo atrás da melhor política para combater o uso do crack no país.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, alega que o programa de combate ao crack foi uma ação tardia. Completou seu pensamento dizendo que os participantes do programa perceberam que o foco do projeto estava errado: deixaram de tratar o caso como uma questão de segurança e passaram a focar no usuário do entorpecente.
O contrato assinado pelo estado que aderir ao programa consiste em atitudes como capacitação de profissionais, construir unidades de atendimento para os usuários, aumentar os equipamentos de segurança e até permitir a internação involuntária do dependente se for constatado pelo médico que há risco de vida para o usuário.
O Brasil é o maior mercado mundial de crack, sendo que 2,8 milhões de pessoas – entre jovens e adultos – são usuários do entorpecente. De acordo com estudos da Universidade Federal de São Paulo, o Sudoeste concentra 46% dos usuários, o Nordeste possui 27% e o Norte 10%. Apesar de o crack estar sendo denominado “epidemia”, Francisco Inácio Bastos – responsável pelos estudos no Rio de Janeiro – diz que para saber se é uma epidemia ou não é necessário avaliar o Censo. Em todo o país há mais de 1,2 mil cracolândias segundo dados.
Continua depois da publicidade
Projeto contra o crack foi lançado em 2011 no País
O programa “Crack, é possível vencer” foi lançado em 2011. O projeto consisteem um trabalho conjunto entre os governos federal, estaduais e municipais nas áreas da saúde, segurança pública, defesa de fronteiras e assistência social. Até agora, 13 estados mais o Distrito Federal aderiram.
Continua depois da publicidade