Saúde

Diabetes: conheça os sinais da doença

Segundo estimativas, mais de 12 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil

Gladys Magalhães

Publicado em 26/11/2023 às 11:00

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Quando não tratada da melhor maneira, são muitos os danos que a diabetes pode trazer / Tesa Robbins por Pixabay

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Sede constante, aumento do volume urinário, perda de peso, aumento do apetite, fadiga, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito, esses são alguns dos sintomas da diabetes quando não controlada, doença que atinge cerca de 12,3 milhões de pessoas no Brasil, conforme estimativas do Ministério da Saúde. 

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Quando considerado todo continente americano, estima-se que 62 milhões de pessoas convivam com a doença, número que pode chegar a 109 milhões até 2040. Os dados são da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que alerta ainda que dos 62 milhões de pessoas com diabetes no continente americano atualmente, cerca de 40% não sabe que tem a doença. 

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"Existem vários tipos de diabetes, os mais comuns são o tipo 1 (10% dos casos) e o tipo 2 (90%). Nos últimos anos, com o aumento da obesidade e sedentarismo, a prevalência de diabetes tipo 2 aumentou exponencialmente (...). Inclusive, infelizmente, estamos vendo o aumento da incidência de diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes. Uma doença que antigamente aparecia na idade adulta e em idosos, tem aparecido cada vez mais cedo em virtude da má qualidade de vida da população", observa a endocrinologista Cristina Bergmann Triches, professora do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – Unicid.

Diabetes: o que é? 
Segundo a endocrinologista Priscilla Cukier, do Hospital Santa Catarina - Paulista, a diabetes é uma síndrome metabólica de origem diversa, decorrente da falta de insulina ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos, caracterizando altas taxa de açúcar no sangue, chamada de hiperglicemia, de forma permanente.

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"O diabetes tipo 1 ocorre porque o organismo não consegue produzir insulina, um hormônio que é necessário para controlar a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. Normalmente, a insulina é produzida pelo pâncreas para levar a glicose da corrente sanguínea para dentro das células, onde ela é quebrada para produzir energia. Nos portadores de diabetes, isto não ocorre", explica Priscilla.

Já no diabetes tipo 2, completa a médica do Hospital Santa Catarina, "o organismo não produz quantidades suficientes de insulina, ou as células do organismo não reagem adequadamente à insulina. Também é possível desenvolver a doença como resultado de ambos os mecanismos. Na maior parte dos casos, acredita-se que a diabetes tipo 2 esteja relacionada com excesso de gordura corporal, visto que nas pessoas que estão acima do peso ou obesas, as células do organismo respondem menos à ação da insulina."

A professora da Unicid, Cristina, lembra ainda que a diabetes tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes. "Ela é considerada uma doença autoimune, onde o próprio organismo produz anticorpos contra as células pancreáticas produtoras de insulina. O tipo 2, por sua vez, é mais comum em adultos e idosos e tem forte componente hereditário. Nele, os pacientes têm uma resistência à ação da insulina produzida pelo pâncreas", diz.

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Tratamento
Indenpendentemente do tipo, a diabetes é diagnosticada por exames de sangue, como a glicose após jejum de 8h, ou hemoglobina glicada no sangue, além de um teste de tolerância oral a glicose.

A diabetes não tem cura, mas possui tratamento, que deve sempre ser feito com acompanhamento médico. Dependendo do tipo, ela pode ser tratada com insulina, como no caso da diabetes tipo 1, ou por meio de medicamentos orais, adoção de um estilo de vida saudável e, em alguns casos, insulina, quando se fala do tipo 2.

"Quando não tratada da melhor maneira, são muitos os danos que a diabetes pode trazer, como perda gradativa da visão; aumento da pressão arterial, com o risco de desenvolver hipertensão; mais facilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral; deterioração do sistema circulatório, principalmente das pernas; diminuição da função renal, com queda da eficiência do sistema urinário; perda de sensibilidade e degeneração das articulações dos membros inferiores, o que facilita o aparecimento de úlceras nos pés por perda da pisada anatômica; maior propensão para infecções de pele e unhas provocadas por fungos", alerta Priscilla.

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É possível prevenir? 
A professora Cristina lembra que há fatores de risco que não se pode modificar, como a história familiar, mas há outros que são modificáveis, a exemplo da obesidade, sedentarismo e má alimentação. 

Dessa forma, ela recomenda a adoção de dieta balanceada e a prática de exercícios físicos, sobretudo "atividade física aeróbica, cerca de 200 minutos por semana", finaliza. 

Leia esta matéria também na Gazeta de S. Paulo

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