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Nos últimos anos, os tratamentos cirúrgicos para atenuar as complicações da doença de Parkinson vêm ganhando cada vez mais destaque. São cirurgias indicadas para aliviar os principais sintomas como: lentidão ou perda de movimentos, tremores, rigidez dos músculos e instabilidade postural com tendência à queda.
“A doença ocorre devido a um processo neurodegenerativo onde há a deficiência de um neurotransmissor chamado dopamina que atua na integridade de um circuito de neurônios responsáveis pelos movimentos”, explica Dr. Maurício Mandel, neurocirurgião do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).
Estima-se que cerca de 200 mil brasileiros sejam acometidos deste mal, que é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no país, precedida apenas pelo Alzheimer.
A Doença de Parkinson é dividida em três fases:
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• Leve: o paciente apresenta sintomas leves e continua independente para suas atividades habituais;
• Moderada: o paciente mantém sua independência, mas passa a necessitar de ajuda ou apresenta limitações para atividades específicas;
• Avançada: o paciente começa a ter severas limitações para realizar atividades rotineiras e pode apresentar problemas cognitivos e psiquiátricos.
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Tipos de cirurgias
A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) consiste na implantação de eletrodos no cérebro do paciente controlados por uma espécie de marcapasso, com o objetivo de diminuir o tremor e a lentidão dos movimentos. De acordo com o Dr. Maurício Mandel, o método é seguro e possui a vantagem de poder ser regulado ou suspenso caso o paciente queira. “Ele é indicado para pacientes na fase moderada da doença, para pacientes jovens com tremores incapacitantes ou para aqueles que não responderam adequadamente ao tratamento medicamentoso. Esta cirurgia não é indicada para pacientes com menos de cinco anos de doença e também na fase avançada, em decorrência do risco de piora do comprometimento cognitivo”, afirma o Dr. Mandel.
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Alguns pacientes que apresentam muito tremor recorrem à Talamotomia, que hoje em dia é pouco executada. O procedimento cirúrgico lesiona ou remove o tálamo, uma pequena parte do cérebro, mas é indicado somente para pacientes que não respondem à medicação.
Desde a descoberta da ECP, outra técnica que também está sendo pouco praticada é a Palidotomia. Nela, uma pequena parte do globo pálido no cérebro é destruída para aliviar sintomas como rigidez, tremor e os movimentos lentos.
Fique atento
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Os primeiros sintomas que devem levar o indivíduo a procurar um médico são: tremor de causa inexplicada, contínuo e em apenas um lado do corpo; lentidão dos movimentos ou do caminhar; e modificação na escrita, com letras gradativamente menores.
Atualmente, existem exames de imagem que auxiliam o médico na hora da descoberta da doença. Mesmo assim, o diagnóstico principal ainda é feito pelo médico no consultório, devido à presença dos sintomas.
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