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Sentir dores nas costas não é algo exclusivo de quem já passou dos 60 anos. Esse problema pode atingir pessoas de ambos os sexos e até mesmo os mais jovens como adolescentes e crianças.
E não são poucos os afetados pelos espasmos na região lombar. Índices da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 80% das pessoas, especialmente o público feminino, sente ou sentirá alguma dor na região ao longo da vida. Aliás, a dor nas costas é considerada a terceira causa de aposentadoria no país, segundo aponta os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a segunda de licença ao trabalho no Brasil. Mas por que as dores acontecem?
O fisioterapeuta Dr. Helder Montenegro, especialista em coluna vertebral, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna – ABRC, diretor do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral e criador da técnica reconstrução músculo-articular da coluna vertebral, explica que as dores nas costas ocorrem por causa de maus hábitos posturais.
De acordo o fisioterapeuta, os traumas de repetição no trabalho físico pesado e no esporte, assim como o tabagismo e até mesmo fatores hereditários contribuem para o surgimento de dores nas costas. “A falta de atividades físicas é um dos fatores que contribuem para o surgimento de dores na região lombar. Isso porque, elas ajudam a fortalecer os músculos profundos e externos da região cervical e lombar, evitando o acometimento da dor nas costas”, informa.
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É melhor prevenir do que remediar
Para evitar os incômodos nas costas, alguns cuidados são fundamentais no dia a dia. O principal é manter o zelo com a postura tanto em casa como no trabalho. “É fundamental manter as curvaturas fisiológicas existentes e evitar o sedentarismo. Opte por exercícios que contemplem os músculos que protegem a coluna vertebral. Além disso, evite permanecer longos períodos na mesma posição, pois pode prejudicar a coluna. Se trabalhar sentado, faça pequenas pausa para caminhar e movimentar a coluna e os membros inferiores”, sugere Montenegro.
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Para não ser acometido pelas chatas dorzinhas, o fisioterapeuta explica ainda que é importante evitar o uso de colchão firme ou macio demais, pois não sustentam o corpo de maneira adequada, usar saltos muito altos durante a semana inteira, pois diminui o centro de gravidade da coluna e também o uso de bolsas muito pesadas apenas de um lado do corpo.
“O colchão deve ser firme, ou seja, nem rígido demais, nem mole demais. A altura dos sapatos deve ser alternada com saltos menores e até mesmo tênis para casos de profissionais que percorrem longas distâncias a pé até o trabalho. Já a bolsa feminina não pode exceder 5% do peso corporal. Opte por bolsas com alças transversais, para não concentrar o peso em apenas um lado”, sugere Helder.
Confira outras dicas:
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· No trabalho mantenha as costas retas e apoiadas na cadeira para não sobrecarregar a coluna;
· Evite dormir de bruços, pois além de forçar a coluna dificulta a respiração. O ideal é dormir de lado com um travesseiro um pouco mais alto para alinhar a coluna e outro entre as pernas;
· Evite carregar objetos muito pesados na altura acima da cabeça ou com a coluna torta, pois podem provocar dores na região lombar;
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· Sandálias rasteirinhas ou sapatilhas sem salto não devem ser usadas para caminhadas longas, já que não fornecem o devido suporte à coluna. A indicação é que o calçado possua até dois centímetros. As palmilhas proprioceptivas feitas por fisioterapeutas é a melhor indicação, pois previne lesões nas costas;
· Na hora de viajar, divida o peso em duas bagagens para não causar complicações na coluna;
· Faça exercícios e mobilizações articulares todos os dias porque mantêm os espaços entre as vértebras e fortalece a musculatura, prevenindo que os discos se achatem;
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· E lembre-se: em casos de dores persistentes busque ajuda de um especialista para que ele indique o melhor tratamento.
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