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A luz solar é de grande importância para manter o corpo saudável e em perfeito funcionamento. Entre outros efeitos positivos, os raios ultravioleta ajudam o organismo a absorver cálcio, aumentam a resistência do corpo contra doenças infecciosas e exercem interferência direta sobre o humor e o bem-estar das pessoas. Mas a radiação ultravioleta é também a principal responsável pelo desenvolvimento do tipo de câncer mais frequente entre homens e mulheres: o câncer de pele, que corresponde a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. É o que afirma Selmo Minucelli, oncologista do Laboratório Lavoisier Medicina Diagnóstica.
O especialista diz que todos podem desenvolver a doença, mas estão mais vulneráveis pessoas de pele, olhos e cabelos claros ou ruivos, que sempre se queimam, mas nunca se bronzeiam, ou ainda aquelas pessoas que possuem histórico familiar de câncer na pele. “A prevenção é evitar exposição solar entre as 10h e 16h, usar chapéu, camisetas e fazer a manutenção do uso de protetores solares a cada 2 horas”, revela.
Segundo Minucelli, o câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, dependendo de qual delas é afetada, surgem os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os Carcinomas Basocelulares e os Espinocelulares. De forma geral, o mais perigoso é o Melanoma Maligno. “Quando detectado precocemente, o câncer de pele apresenta altos percentuais de cura, chegando ao índice de 95% de casos completamente recuperados”, diz.
A Sociedade de Dermatologia recomenda à população em geral a realização do auto-exame de pele a cada três meses. Sem roupa e na frente de um espelho, a orientação é observar o corpo todo, incluindo a área genital. Ferida que não cicatriza, sinal com aspecto irregular, uma “pinta” preta ou acastanhada que muda de cor, textura ou ainda torna-se irregular nas suas bordas e cresce de tamanho, uma mancha que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento devem ser analisados com mais rigor.
De acordo com os profissionais da Sociedade de Dermatologia, uma maneira simples de identificar o melanoma é utilizar o que os dermatologistas chamam de Teste ABCD. A ideia é observar se o sinal ou a pinta apresenta: Assimetria (os dois lados têm formatos e tamanhos diferentes), Bordas irregulares, Cores variadas (principalmente tons de preto) e Diâmetro maior que 6 milímetros.
O especialista lembra que, para não prejudicar a saúde e nem acelerar o envelhecimento, é importante se proteger não apenas na praia ou clube, mas também no dia-a-dia, principalmente em locais onde o sol aparece o ano todo. “A regra também vale para os dias nublados, pois a radiação UVA, responsável pelo envelhecimento da pele e pelo aparecimento de melanoma, atinge a Terra durante todo o dia e não é bloqueada pela presença de nuvens. É importante lembrar que a incidência da radiação UVB, causadora dos carcinomas, se intensifica entre 10h e 15h”, finaliza.
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