Saúde

Cubatão tem oito casos de HIV até agosto

Município segue a tendência de queda em novos diagnósticos

Publicado em 07/11/2014 às 11:00

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A cidade de Cubatão registrou oito novos casos de HIV positivo. No ano passado foram confirmados 10 diagnósticos entre janeiro e dezembro. Nos últimos cinco anos, o Município contabilizou ao todo 51 casos. Para alertar a população sobre a doença, o Diário do Litoral criou uma série de reportagens mostrando o mapa da AIDS na Baixada Santista. A série, que encerra hoje, revela o número de casos e o perfil dos pacientes em cada cidade da Região.

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Segundo dados enviados pelo Serviço de Atendimento às Doenças Transmissíveis (Serviço do SADT), em 2013, dos 10 casos registrados, cinco foram homens e cinco mulheres. Em 2014, ainda não foi feito o balanço. Dos casos confirmados no ano passado, três pessoas tinham entre 20 e 29 anos, quatro tinham entre 30 e 39 anos, dois estavam na faixa entre 50 a 59 anos e um na faixa de 70 a 79 anos.

Este ano, foram confirmados uma pessoa na faixa etária de 20 a 29 anos, três na faixa de 40 a 49 anos, até o mês de agosto.  “A diminuição dos casos se deve às diversas campanhas de prevenção às DST’s promovidas pela Prefeitura em parceria com as outras esferas de governo. Acreditamos também que o uso de antirretrovirais em portadores de HIV diminui a possibilidade de transmissão”, afirmou o chefe do Serviço do SADT, Edison José de Aguiar, que é dermatologista, sanitarista e médico do trabalho.

Centro de testagem na cidade é na Vila Paulista (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Aguiar comenta que graças as terapias antirretrovirais, a doença foi controlada, tornou-se crônica, e a mortalidade caiu bastante. Por causa disso, houve segundo ele, um relaxamento por parte das pessoas sexualmente ativas em usar preservativos. “Houve um desestímulo do uso de preservativos, e uma das conseqüências foi o aumento de pessoas infectadas com o vírus HPV”.  O vírus HPV provoca o câncer de colo de útero.

Segundo Aguiar, há preocupações quanto à disseminação da doença, principalmente entre idosos, jovens e usuários de drogas. No caso dos idosos que aderiram ao uso de pílulas de estimulação sexual, os jovens que não viram pessoas morrerem de AIDS, como ocorria no passado, e os usuários de drogas que entorpecidos não se protegem.

O chefe do Serviço do SADT disse também que o número de homossexuais infectados voltou a subir. “Há uma maior incidência de contaminação por HIV de homens para homens”. 

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O médico faz uma ressalva quanto ao uso de antirretrovirais por pessoas em situação de risco de contrair HIV. “Na minha opinião pessoal, o uso de antirretrovirais como medida preventiva pode desestimular o uso de preservativos, por a pessoa achar que está imune. É preocupante”. 

Edison explicou que os sintomas da AIDS demoram a aparecer entre 5 e 10 anos, por isso há pessoas que são portadoras do vírus HIV e não sabem. “Por essa razão, também intensificamos as campanhas de conscientização para uso de preservativos, diagnóstico precoce e tratamento. Muita gente é portadora do vírus e não sabe, por ser assintomática facilita a transmissão da doença”.

Medicamentos

A média de entrega de medicamentos antirretrovirais é de 190 atendimentos por mês.

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Quanto aos atendimentos, 250 pacientes em média, especificamente para HIV/AIDS, não computando Hepatites e outras DSTs.

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