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Cubatão é a única cidade da Baixada Santista que conta com leitos hospitalares ociosos. Atualmente, cerca de 20% dos 141 leitos do Hospital Municipal Dr. Luiz Camargo da Fonseca (antigo Hospital Modelo) estão vagos, por falta de demanda, que poderia ser preenchida por pacientes provenientes da rede estadual. “Podemos repassar esses leitos para acolher pacientes de outras cidades desde que haja aporte financeiro do Governo do Estado”, informou o secretário de Saúde, Benjamin Rodriguez Lopez, ao abrir a Plenária Municipal de Saúde, na manhã de ontem, no Bloco Cultural do Paço Municipal.
Lopez frisou que o hospital local demanda um investimento de R$ 6 milhões mensais. E esses recursos são provenientes dos cofres municipais: “Não há qualquer participação do Governo do Estado. Enquanto o Estado mantém os hospitais Guilherme Álvaro, em Santos; Irmã Dulce, em Praia Grande; Emílio Ribas, em Guarujá; além de outros estabelecimentos em Itanhaém, Bertioga e São Vicente, Cubatão é esquecido”, afirmou o secretário, enfatizando que Cubatão é a única cidade da região onde o Estado não conta com sequer um equipamento de Saúde.
Segundo Benjamin Lopez, o Hospital Municipal realiza pequenos e médios procedimentos. De janeiro a abril último, foram 810 cirurgias e 499 partos, além de 3.846 atendimentos ambulatoriais. “Nesse setor somos autossuficientes. O que cabe ao Município, fazemos mais do que o possível. Tanto que não temos nenhum paciente em maca, nos corredores. Mas temos problemas em relação ao atendimento relacionado a grandes especialidades, o que não é incumbência do Município”.
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Ele citou como exemplo a necessidade de um centro de diálise. “Temos paciente internado há 50 dias no hospital porque o Estado não oferece vaga para diálise”. Diante desse quadro, Benjamin Lopez defende uma repactuação da Saúde, que deve ser discutida de 21 a 24 de julho, durante a 7ª Conferência Estadual de Saúde de São Paulo.
“Trata-se de um grande momento para reivindicarmos o que não temos: investimento do Governo do Estado em Cubatão”, afirmou Lopez, destacando que o Município cumpre com as suas atribuições em relação à Saúde, investindo mais de 20% do orçamento. “Atendemos a especialidades que não são de nossa competência, mantemos um hospital além de nossa capacidade financeira e contamos com unidades básicas além do número necessário. Chegou a hora de repactuarmos a Saúde na região”.
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