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O maior desafio para a saúde pública durante a COPA é evitar a transmissão de doenças que podem se propagar nos estádios e espaços públicos. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os olhos também podem ser prejudicados. Isso porque, as aglomerações favorecem a transmissão da conjuntivite viral. "São dezenas de cepas que se reproduzem com mais facilidade durante o frio e em ambientes que concentram grande número de pessoas", afirma.
A doença é a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte branca do olho (esclera) e a face interna da pálpebra.
Os sintomas são: pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção transparente e fotofobia (aversão à luz).
Olho seco aumenta risco
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Por ser altamente contagiosa, observa, geralmente passa de um olho para outro e pode ser transmitida para toda família. A propensão à contaminação é maior em portadores de olho seco. Isso porque, a lágrima tem a função de proteger os olhos. Segundo Queiroz Neto o olho seco também aumenta o risco de conjuntivite alérgica. Os prontuários do hospital mostram um crescimento de 20% no número de diagnósticos de conjuntivite alérgica de janeiro a março deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Para o especialista a falta de chuva explica este aumento. Ao contrário da conjuntivite viral a alérgica não é contagiosa, nem apresenta secreção, mas aumenta o risco de desenvolver ceratocone, doença que afina e deforma a córnea.
Prevenção
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O médico afirma que as superfícies, objetos compartilhados e o contato com uma pessoa contaminada pelo vírus da conjuntivite através de um aperto de mão, abraço ou beijo são suficientes para contrair a doença. Por isso, as principais recomendações para evitar o contágio são:
· Lavar as mãos sempre que tocar em superfícies ou objetos de uso comum.
· Não compartilhar toalhas, fronhas, maquiagem ou colírio.
· Tomar bastante água para manter os olhos hidratados
· Incluir na dieta salmão, sardinha e semente de linhaça para melhorar a qualidade da lágrima.
Tratamento
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Queiroz Neto explica que como toda doença viral a conjuntivite tem um ciclo e pode durar até 2 semanas. Ao primeiro sintoma, recomenda fazer lubrificação intensa com lágrima artificial, compressas com água gelada filtrada e usar óculos escuros nas atividades externas para reduzir a proliferação do vírus pela exposição dos olhos à radiação ultravioleta emitida pelo sol. Se os sintomas não desaparecerem em dois dias ele afirma que é necessário consultar um oftalmologista. Em alguns casos é necessário usar colírio antiinflamatório. O medicamento só deve ser instilado no olho sob supervisão médica porque o uso indiscriminado pode causar catarata e glaucoma. Em algumas pessoas, destaca, a conjuntivite viral forma membranas na conjuntiva que reduzem a acuidade visual e precisam ser tratadas com laser.
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