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A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira, 13, na Etiópia, a necessidade de US$ 100 milhões para combater a epidemia de Ebola, que, desde que começou, em março, já matou mais de mil pessoas na África Ocidental. "É necessário um extra de US$ 100 milhões para lidar com o pior surto de Ebola na África", confirmou o representante da OMS, Pierre M’Pele Kilebou.
Em meio ao aumento de casos, a OMS declarou o surto como uma "emergência de saúde pública internacional". "São mais de 1.800 casos, com taxa de mortalidade entre 45% e 75% em cinco meses", disse Kilebou. A OMS também aprovou, sob o ponto de vista ético, o tratamento experimental.
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Na terça-feira, a Libéria havia confirmado que dois médicos infectados começariam um tratamento com o ZMapp, a droga experimental produzida no Canadá e já usada em três pacientes - dois americanos, que sobreviveram, e um espanhol, que morreu na segunda-feira, na Espanha.
A União Africana considerou "urgente" o uso da droga. "Com a natureza mortal da doença, qualquer ajuda é bem-vinda", disse o comissário de Assuntos Sociais da UA, Mustapha Sidki.
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Guiné-Bissau
O primeiro-ministro de Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, anunciou na terça-feira o fechamento de suas fronteiras orientais com a vizinha Guiné, para tentar impedir a chegada do surto ao país. A ordem implicará o fechamento de pontos de entrada nas fronteiras nas estradas, embora seja difícil controlar parte das divisas nas áreas rurais.
Já na Alemanha, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Martin Schaefer, recomendou ontem que os seus cidadãos deixem imediatamente as áreas afetadas pelo Ebola na Guiné, em Serra Leoa e Libéria. Segundo ele, o pedido não se aplica aos trabalhadores médicos e a embaixada permanecerá aberta.
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Nigéria
A Nigéria registrou a terceira morte do Ebola, em Lagos. Segundo comunicado divulgado ontem pelo Ecowas (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental), a vítima era Jatto Asihu Abdulqudir, 36 anos, membro do Ecowas, posto em quarentena após manter contato com o americano Patrick Sawyer, a primeira vítima fatal do vírus no país. Sawyer viajou no fim de julho da Libéria para a Nigéria para participar de uma conferência, a mesma da qual Abdulqudir participou.
Uma das enfermeiras que trataram Sawyer também morreu da doença. Em Serra Leoa, mais um médico que liderava a luta contra o surto morreu, infectado. Modupeh Cole trabalhava na área de isolamento de doentes no Connaught Hospital, em Freetown.
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