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Farmácias de todo o País têm seis meses para se adequarem às novas mudanças para funcionamento determinadas pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas uma delas desagrada especialmente a maioria dos consumidores ouvidos pela reportagem do Diário do Litoral. Há uma semana, a Anvisa publicou resolução obrigando as farmácias não deixarem medicamentos, incluindo os isentos de prescrição médica, ao alcance de consumidores.
“É ruim porque agora vai ter que esperar até o que balconista nos atenda. Eu acho bem mais prático a gente mesmo pegar o remédio”, afirmou a dona de casa Teresa Martins Câmara.
“Por mim continua do jeito que está. É mais prático”, compartilha da mesma opinião, a vendedora Damiana Barbosa.
Para o porteiro, Fábio Ferreira Hernandes, o medicamento ao alcance do cliente não impede que o cliente peça orientação ao balconista ou ao farmacêutico. “Sempre que eu tenho dúvida eu peço orientação ao farmacêutico. Além disso, com os medicamentos de marcas variadas acessíveis a gente pode escolher o mais barato, diretamente”.
Já a auxiliar de serviços gerais, Maria da Paixão, concorda com a resolução da Anvisa. “Está certo. Remédio não pode ficar ao alcance de qualquer um. Não dá pra sair pegando qualquer remédio. E depois, fica fácil até para as crianças pegarem. Eu aprovo que os remédios fiquem longe do cliente”.
O prático de Farmácia, Celso Garcia Ferreira, trabalha no ramo há 32 anos, e também aprova a resolução da Anvisa. “Remédio tem que passar na mão de alguém que conheça, de um profissional”, afirmou.
Enquanto as grandes redes de drogarias adotaram o sistema de gôndolas — utilizado nos supermercados — onde o consumidor pode encontrar variedades de medicamentos e se dirigir diretamente ao caixa, na Farmácia Conselheiro Nébias, onde Celso trabalha, antigo estabelecimento de Santos, para comprar qualquer medicamento, incluindo os isentos de prescrição médica, é preciso pedir ao balconista.
A assessoria de imprensa da rede Poupafarma, na Baixada Santista, informou por telefone que a empresa tomará as providências necessárias para se adequar à resolução da Anvisa dentro do prazo estabelecido — seis meses —, mas espera que a determinação seja revista e anulada.
Abrafarma
Na semana passada, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) comunicou ser contrária a determinação da Anvisa, alegando que a agência reguladora não tem poder de legislar e que poderá contestá-la na Justiça, pedindo anulação dos efeitos da resolução.
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